Estima-se que 2,6 bilhões de pessoas, ou seja, uma em cada três no planeta, joguem videogames. É um mercado que gera números inacreditáveis: as vendas anuais chegam a cerca de U$ 140 bilhões. Com tanto dinheiro envolvido e olhos atentos nas telas, essa indústria também precisa demonstrar sua responsabilidade social… e ambiental! E aos poucos, um pequeno nicho dela começa a investir em jogos que abordem questões importantes dos dias atuais, como por exemplo, a preservação dos oceanos.
É com esse foco que a desenvolvedora de games E-Line Media lançou Beyond Blue no ano passado. A aventura foi inspirada no documentário da rede britânica BBC, Blue Planet II, que fala sobre a vida nos oceanos do planeta e tem narração e apresentação do naturalista David Attenborough.
Ambientado em um futuro próximo, Beyond Blue tem como personagem principal Mirai, uma cientista, mergulhadora e exploradora do fundo do mar. A bordo de uma embarcação subaquática, ela estuda e interage com espécies dos oceanos.
Muitas das cenas que aparecem no game são reproduções dos vídeos do documentário da BBC. O jogo tem diferentes fases, divididas através de diversos mergulhos, e há dezesseis minidocumentários para serem desbloqueados, com filmagens originais e entrevistas com renomados cientistas, especialistas na vida aquática.
“Quanto mais os jogadores se preocupam com os oceanos, mais eles querem explorá-lo, seja por lazer ou na vida real, em suas futuras profissões. Eu acredito que esse é um passo fundamental para a preservação dos oceanos”, disse Alan Gershenfeld, co-fundador da E-Line Media, em entrevista ao site da Deutsche Welle.
Leia também:
Refugiado cria game em que jogadores podem ajudar refugiados da vida real
Novo personagem Pokémon é um coral morto, extinto pela mudança climática
Urso panda chega ao Minecraft e, com ele, a chance de ajudar o WWF-Brasil
Imagem: reprodução Beyond Blue