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Índia e Butão registram aumento na população de tigres

Índia e Butão registram aumento na população de tigres

O tigre (Panthera tigris) é o maior animal dentre todas as espécies de felinos da Ásia e considerado um dos grandes da natureza. Há um século havia cerca de 100 mil deles. Apesar do enorme declínio da espécie e suas subespécies nas últimas décadas, alguns países têm demonstrado sucesso em seus projetos de conservação e conseguido aumentar o número desses animais em vida livre.

Na Índia, por exemplo, eles mais do que dobraram em 17 anos. Atualmente o país é o lar de 75% da população global de tigres. E um novo censo que acaba de ser divulgado revela que houve um aumento entre 2022 e 2023. Há um ano eram 3.167 indivíduos e no mais recente levantamento foram contabilizados 3.682, um salto de 6%.

Há 50 anos o governo indiano lançou o “Project Tiger”, uma iniciativa de proteção para tentar evitar a extinção da espécie. No passado estima-se que eram cerca de 40 mil tigres no país, mas na década de 70, eles não chegavam a 2 mil, devido à caça e à perda de habitat.

“Os esforços exemplares da Índia na conservação dos tigres e o aumento em seus números não são apenas uma estatística, mas uma prova da determinação e compromisso da nação”, celebrou Bhupender Yadav, ministro de Florestas, Meio Ambiente e Mudanças Climáticas

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Outro país que anunciou crescimento na população da espécie foi o Butão, com 131 animais, 27% a mais do que em 2015.

Acredita-se que houve uma redução de 95% na população mundial de tigres no século passado. Além de Índia e Butão, hoje eles ainda são vistos, em números muito menores, em Bangladesh, Malásia, Nepal, Rússia e Tailândia.

Todavia, onde há registro de aumento desses felinos, observa-se também mais conflitos com seres humanos, uma equação delicada para ser administrada. Segundo dados do governo da Índia, entre 2019 e 2021, 100 pessoas morreram em ataques de tigres. Ou seja, estratégias precisam ser implementadas para garantir a convivência harmônica entre esses animais e o homem, e garantir a segurança desse último.

De hábitos solitários, tigres caçam sozinhos e dependem principalmente da visão e da audição para encontrar suas presas. Um macho pode chegar a pesar quase 300 kg. Assim como outras espécies de animais, marcam seu território através da urina, fezes e vocalizações.

Em geral, as tigresas têm entre dois a quatro filhotes a cada dois anos. Caso todos os filhotes morram, ela pode ter uma nova gestação depois de cinco meses.

Filhotes ficam ao lado da mãe até, em média, os dois anos de vida. A mortalidade juvenil é alta e estima-se que 50% não sobreviva esse período inicial.

*Com informações da BBC Internacional

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Foto de abertura: Blake Meyer on unsplash

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