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Gripe aviária avança na Antártica, matando centenas de elefantes-marinhos, focas e aves

Gripe aviária avança na Antártica, matando centenas de elefantes-marinhos, focas e aves

Em outubro, pesquisadores baseados na ilha da Geórgia do Sul, confirmaram os primeiros casos de gripe aviária na Antártica. Quase dois meses depois, a Antarctic Wildlife Health Network alerta sobre o avanço do vírus H5N1, que provoca a influenza aviária de alta patogenicidade, entre espécies da região.

Segundo relatos de cientistas trabalhando localmente, já foram registradas as mortes de centenas de elefantes-marinhos, focas e aves, como gaivotas. Os casos foram documentados em outras ilhas, além da Geórgia do Sul. Em Falklands, localizada a 1.500 km de distância dali, animais também morreram, em quantidades bem maiores do que aquelas consideradas normal.

Até este momento, testes confirmaram a presença da gripe aviária em oito localidades da Antártica, entretanto, ainda não há nenhum na parte continental.

O temor de especialistas é que se o vírus continue se proliferando esse se transforme em “um dos maiores desastres ecológicos dos tempos modernos”.

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Uma das grandes preocupações é que pinguins de colônias isoladas e outras espécies só encontradas na Antártica, possam ser contaminados. Muitos desses animais sofrem graves ameaças de extinção. Além disso, eles nunca foram expostos ao H5N1, diferentemente de aves do Hemisfério Norte, em países da Europa ou dos Estados Unidos, onde já aconteceram outros surtos antes.

As aves migratórias, principalmente as aquáticas, são apontadas como as principais responsáveis pela transmissão da gripe aviária.

O vírus H5N1 é altamente contagioso. Poucos dias após a contaminação, os sintomas já ficam visíveis, como paralisia e inchaço de partes do corpo, e vários órgãos param de funcionar. O sistema neurológico é comprometido e os animais começam a apresentar tremores. A taxa de mortalidade chega a 90%.

Na América do Sul, estima-se que mais de 500 mil aves aquáticas morreram, além de 20 mil leões-marinhos no Chile e no Peru (no Brasil houve vários casos também no Rio Grande do Sul).

No Brasil já são 148 focos de gripe aviária. Cada foco é uma unidade epidemiológica na qual foi diagnosticado pelo menos um caso de H5N1, segundo a plataforma online do Ministério da Agricultura e Pecuária.

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Foto de abertura: Serge Ouachée, CC BY-SA 3.0 via Wikimedia Commons

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