2025 começa com uma ótima notícia vinda da Terra Indígena Yanomami, localizada nos estados de Roraima e Amazonas. Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), após dois anos da implementação de ações federais coordenadas na região, os alertas de desmatamento, provenientes das atividades do garimpo ilegal, chegaram a zero no fim de 2024.
“Se compararmos a quantidade total de alertas de desmatamento para garimpos registrados em 2022 e 2024, a redução passa de 90%”, afirma Rodrigo Agostinho, presidente do Ibama. “Foi possível atacar, de forma certeira, tanto os garimpos já consolidados, que estavam se expandindo, quanto áreas recém-abertas”, acrescenta.
Ainda segundo o órgão do governo, em 2023 e 2024, das 3.536 ações federais realizadas na Terra Indígena Yanomami, 633 foram operações de fiscalização do Ibama, que resultaram na aplicação de R$ 69,1 milhões em multas referentes a 211 autos de infração.
No começo de 2024, a Justiça Federal de Roraima deu um prazo de 30 dias para que a União apresente um novo plano contra o garimpo nas terras Yanomamis. No mesmo mês de janeiro, o presidente Lula anunciou um plano contra garimpo na região, com a presença permanente no território e investimento de R$ 1,2 bilhão ao ano.
O território dos Yanomamis é a maior reserva indígena do Brasil, lar de cerca de 27 mil pessoas. Logo que assumiu o governo, Lula decretou estado de emergência de saúde pública, após imagens assustadoras virem a público mostrando casos de desnutrição de crianças e idosos (leia mais aqui).
De acordo com o Ibama, que atua ao lado de outros 32 órgãos e instituições ali, desde janeiro de 2023 foram entregues mais de 114 mil cestas de alimentos, o que contribuiu para diminuir em 68% os óbitos por desnutrição no primeiro semestre do ano passado.
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Foto de abertura: Fernando Frazão/Agência Brasil
