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Como ajudar o Pantanal

Post atualizado periodicamente (15, 18, 20 e 27/9 – neste dia, eram 2,9 milhões de hectares queimados, segundo o Inpe – e 08/10 devido ao aumento de hectares destruídos e também a novas informações sobre as organizações que estão arrecadando dinheiro, alimentos, mantimentos, medicamentos, equipamentos e tudo que é necessário para atender as necessidades e urgências de quem está atuando para combater os incêndios e salvar a fauna do Pantanal. Veja como ajudar.
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A foto da onça-pintada com as patas queimadas que ilustra este post é de cortar o coração. Ela foi feita por Ailton Lara, ativista, guia de turismo e dono da pousada Pantanal Jaguar Camp, um dos voluntários que se embrenhou na mata do Parque Estadual Encontro das Águassantuário onde vive a maior população dessa espécie por km2 no mundo, que teve 84% de sua área queimada – para tentar impedir que o fogo avançasse e ajudar a resgatar os animais feridos. Junto com outros voluntários, Lara encontrou a fêmea Dona, assim, prostrada e, rapidamente, chamou um grupo de veterinários.

Dona é um dos muitos animais resgatados com vida dos incêndios que já destruiram “3,977 milhões de hectares do Pantanal. Isso equivale a 26% do bioma que tem 15.169.200 hectares, de acordo com o IBGE, ou 26 cidades de São Paulo”, como destaca o biólogo Gustavo Figueroa, do Instituto SOS Pantanal. A instituição está atuando fortemente para garantir a estrutura de voluntários e organizações que trabalham na linha de frente dos incêndios na região (é uma das organizações que estão arrecadando fundos para garantir esse trabalho e que indicamos na nossa lista, nesta matéria, a seguir).

Todos os anos, acontecem queimadas no Pantanal – como também na Amazônia e no Cerrado – e cerca de 95% são provocadas pela ação humana, que pode ser acidental, mas também criminosa (causas naturais? Só por descargas elétricas e, para isso, é preciso chover). Mas o fato é que nunca se viu nada igual na região, nessas proporções.

O LASA – Laboratório

Vale destacar que a Polícia Federal revelou, em 14/9, que suspeita que os focos de incêndio que estão destruindo o Pantanal partiram de cinco fazendas da região de Corumbá, no norte do Mato Grosso do Sul. Um deles foi preso por porte ilegal de armas de uso restrito. Gente poderosa e perigosa, legitimada pelas declarações do presidente, como aconteceu nacidade de Novo Progresso, com o Dia do Fogo.

PARA ONDE E COMO DOAR

Foto: Fundação Ecotrópica/Divulgação

Fiz uma pequena lista de organizações que atuam diretamente no combate aos incêndios e no salvamento de animais no Pantanal, ou promovem campanhas, assumindo a administração do dinheiro arrecadado, distribuindo-o entre os voluntários. Mas ela pode ser atualizada e ampliada a qualquer momento. Se você conhecer alguma iniciativa que vale destacar aqui, indique nos comentários.

SOS PANTANAL

A SOS Pantanal não atua diretamente no combate aos incêndios, mas tem importante atuação na arrecadação e na administração dos recursos que estão ajudando a cobrir custos de logística e operação de brigadistas voluntários e instituições que estão na linha de frente.

As doações podem ser feitas de três maneiras:
– pela plataforma Vakinha
– via PagSeguro e
– via PayPal.

Acompanhe a ONG pelas redes sociais: Instagram, Facebook e YouTube. E anote também o endereço do site.

Periodicamente, ela publica relatos atualizados do fogo no Pantanal, duas vezes por semana, nas redes sociais. Acompanhe pelo Instagram.

REDE PRÓ-UC

A organização está dando apoio às ações de alimentação e resgate de animais no Parque Estadual Encontro das Águas. Nessa região, voluntários, veterinários e brigadistas estão baseados no Jaguar Camp.

Ela recebe doações em dinheiro que são encaminhadas para às organizações que estão trabalhando na linha de frente, como o Instituto do Homem Pantaneiro, Panthera e Aecopam, para levar alívio e socorrer os animais. Dados da conta:

REDE NACIONAL PRÓ UNIDADES DE CONSERVAÇÃO 
Rede Pró-Uc – CNPJ 03765675/0001-10
Banco Itaú – Agência 3833 – conta corrente 34230-0

E-mail para o envio do comprovante: contato@redeprouc.org.br 

Agora, veja esta outra campanha linda à qual a Rede Pró-UC aderiu…

Em meados do mês de setembro, a Rede Pró-UC se engajou em outra campanha: na verdade, uma ação realizada por três mulheres, no mínimo, admiráveis: a artista plástica Birgitte Tümmler, a bióloga Angela Kuczach (diretora da rede) e Yara Barros (diretora do Projeto Onças do Iguaçu).

Inconformada com a tragédia que fere o norte do Pantanal, Birgitte propôs à Yara colocar uma de suas obras à disposição de uma campanha de arrecadação de recursos: a pintura Onça Croissant no Parque Nacional do Iguaçu (foto acima), que a artista doou para o Projeto.

Yara topou na hora e falou com Ângela para que, juntas, pudessem divulgar a campanha rapidamente. Ângela abraçou a causa, como abraça inúmeros movimentos e ações. Admiro muito seu trabalho e o entusiasmo que dedica a tudo que cerca a conservação ambiental.

A intenção delas era arrecadar 10 mil reais em pouco mais de 10 dias (até 30/9) para doar para a ONG Panthera e o GRAD – Grupo de Resgate de Animais em Desastres, que fazem um trabalho maravilhoso e contam com um super parceiro, o guia de turismo Ailton Lara (eita moço porreta! qualquer hora conto a história dele pra vcs). Todos trabalham na linha de frente para resgatar animais feridos e garantir alimento e água para os que sobrevivem aos incêndios. 

Elas conquistaram cerca de 200 doadores e arrecadaram R$ 13.240 reais! A união faz a força, não duvide. E a pintura foi sorteada em 4/10: Michaela Sands foi a contemplada.

FUNDAÇÃO ECOTRÓPICA

Entre as ONGs mais atuantes no Pantanal está a Fundação Ecotrópica, que precisa muito de doações em dinheiro para prosseguir com esse trabalho. Qualquer quantia pode ser doada de três maneiras:

crowdfunding na plataforma Vakinha, onde o doador encontra informações mais detalhadas sobre o trabalho da organização;
transferência/depósito em conta bancária (Banco Santander, Agência 4604, conta corrente 130026370 para Ecotropica Fundação de Apoio À Vida nos Trópicos, CNPJ 32.983.785/0001-56) ou
doação in loco: Rua 03 (Sebastiana Paes de Barros), n° 391, Boa Esperança, cep 78.068-375, Cuiabá/MT.

Informações sobre a Ecotrópica e os incêndios podem ser obtidas por WhatsApp (65 98155-4190, com Carla Bragma) ou por e-mail: fundacaoecotropica@gmail.com. A organização está fazendo um trabalho lindo com “ilhas de alimentação”, espalhando alimentos e água pela floresta para os animais que sobreviveram. A sobrevivência deles está ameaçada Como está queimada e vai demorar a se recuperar, não há como eles sobreviverem com fome (conto sobre isso mais abaixo). Acompanhe a fundação pelo Instagram.

INCAB/IPÊ

A Iniciativa Nacional para a Conservação da Anta Brasileira (INCAB), do Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ), é dirigida por Patrícia Médici, a maior especialista em anta no Brasil e uma das maiores do mundo.

Sua equipe e rede de veterinários está dando apoio 24 horas, por meio de grupos no Whatsapp, a equipes de resgate e equipes dos hospitais veterinários e centros de reabilitação já que muitas antas têm sido encontradas queimadas e necessitam de tratamento veterinário. Os casos mais graves estão sendo atendidos nas capitais.

“Adicionalmente, distribuímos todos os materiais e protocolos para procedimentos veterinários com antas, que são documentos que seguimos desenvolvendo ao longo dos anos”, explica Patrícia.

Além disso, o INCAB lançou uma campanha para arrecadação de dinheiro, com doações via cartão de crédito (Brasil) e paypall (internacional) para atender as solicitações tanto de combate a incêndios como de ajuda aos animais. Qualquer quantia é bem vinda!!!

“Existem MUITOS heróis e heroínas trabalhando contra o fogo e a favor dos animais no Pantanal, e somos EXTREMAMENTE gratos por tudo o que eles estão fazendo. Queremos ajudar e agregar como for possível para mitigar esta tragédia ambiental”, ressalta Patrícia.

Eis os links para doação:
– por cartão de crédito
– por paypall.

AMPARA SILVESTRE

Já a Ampara Silvestre está envolvida diretamente com o resgate e a reabilitação de animais silvestres nos incêndios do Pantanal. Até criou um crowdfunding na plataforma Voaa para arrecadar R$ 1,1 milhão até 30 de setembro, com o objetivo de “manter a operação do PAEAS Pantanal funcionando, garantindo os suprimentos necessários para resgate e reabilitação dos animais, para que tenham chance de voltar ao seu habitat posteriormente”.

Felizmente, dez dias antes do término da campanha (20/9) já foram arrecadados R$ 2.015.729,12!

Na semana passada, divulgamos o relato emocionado veterinário mineiro Felipe Coutinho Batista Esteves, que se juntou à equipe da ONG Ampara Silvestre, que está trabalhando para tentar salvar os animais feridos pelos incêndios no Pantanal, na região entre os municípios de Poconé e Porto Jofre, uma das áreas mais afetadas no Mato Grosso.

Acompanhe as ações da Ampara Silvestre pelas redes sociais: Instagram e Facebook.

INSTITUTO ARARA AZUL

Atingido pelo fogo, como noticiamos aqui, mantém campanha de doação intermitente via conta bancária. Eis os dados:

Instituto Arara Azul – CNPJ: 05.910.537/0001-02
Banco Santander – agência 1313 – conta corrente 13000218-5
.

A Fazenda São Francisco do Perigara, localizada em Barão de Melgaço, no Pantanal mato-grossense, é conhecida internacionalmente como refúgio das araras-azuis. O município foi o mais atingido pelos incêndios e e a fazenda – que vem sendo monitorada desde 2001 pelo Instituto Arara Azul – teve 92% dos seus 24.993 hectares queimados pelos incêndios. O local é a principal região das araras-azuis no Estado e responsável por 15% da espécie na natureza.

Acompanhe o instituto, dirigido pela pesquisadora e expert Neiva Guedes, pelo Instagram.

BRIGADA ALTO-PANTANAL HAROLDO PALO JR.

Lançada recentemente – com o apoio do apresentador Luciano Hulck – a Brigada Alto Pantanal está sendo estruturada para ser uma brigada permanente de proteção à região do Alto Pantanal (publicamos sobre ela, aqui, no Conexão Planeta).

Na semana passada, lançou uma ampla campanha de financiamento coletivo – em várias plataformas como o Catarse -, para obter recursos para dar andamento à sua formação, ao treinamento das brigadas, a instalação de uma sede e à compra de equipamentos. Mas também recebe doações via conta bancária do Instituto Homem Pantaneiro (dados no final desta apresentação), além de doações de equipamentos.

Ela foi idealizada por Angelo Rabelo, do Instituto Homem Pantaneiro, para ser uma brigada profissional com homens treinados, equipados e assalariados para patrulhar as regiões da Serra do Amolar, Parque Nacional e Parque Estadual Encontro das Águas, que abrigam a maior concentração de onças-pintadas por km2 do mundo. Esta é uma área imprescindível para a conservação do meio ambiente e das economias do MT e do MS.

Rapidamente, a iniciativa recebeu a adesão do documentarista Lawrence Wahba, da jornalista Claudia Gaigher (que vive na região há 21 anos) e de pesquisadores. Também recebeu o apoio e a parceria da iniciativa Documenta Pantanal, que reúne artistas e encampa produções culturais, além de apoiar diversas campanhas em prol da região.

Na semana passada, duas novas turmas de brigadistas foram formadas a partir do treinamento de brigadistas pela parceria entre o Instituto do Homem Pantaneiro e o Ibama/PrevFogo, “totalizando 27 novos profissionais, que vão compor a Brigada Alto-Pantanal”, conta a instituição, em seu Instagram

A brigada ainda conta com a participação de moradores e ribeirinhos e vai implementar ações de combate ao fogo, “criando uma resposta mais rápida e efetiva”.

Eis os dados bancários do Instituto Homem Pantaneiro:
CNPJ: 16.575.853/0001-91
Banco do Brasil – agência: 0014-0 – conta corrente: 70312-5

PANTANAL RELIEF FUND

É um Fundo de Emergência para o Pantanal criado, este ano, por duas biólogas que trabalham no Pantanal há muitos anos – April Kelly, da Climb for Conservation e Abbie Martin, do Jaguar Identification Project (Projeto de Identificação de Onças-pintadas) -, em parceria com a ONG Panthera, para combater a Covid-19 e os incêndios florestais na região.

Assista ao vídeo que elas produziram para justificar o crowdfunding na plataforma GoFundMe (abaixo) e acompanhe notícias do fundo pelas redes sociais: Instagram e Facebook.

Em suas redes sociais, a ONG tem publicado o perfil de profissionais envolvidos na linha de frente do resgate e recuperação de animais. Muito emocionante esse reconhecimento. A seguir, assista ao vídeo produzido pelo Pantanal Relief Fund.

E se você conhece alguma ação bacana, escreve pra gente ou comente abaixo deste post.

ONÇAFARI

Em seu perfil no Instagram, a ONG Onçafari publicou uma nota de esclarecimento – foi um dos lugares mais atingidos pelas queimadas no ano passado –, na qual declarou:

“O Pantanal passa pela sua fase mais crítica das últimas décadas e, em uma de suas maiores secas da história recente sofre com o desmatamento e tem o pior período de queimadas desde o fim dos anos 90. Felizmente o Onçafari ainda não foi acometido pelas queimadas atuais, mas nossa equipe, em conjunto com a do Refúgio Ecológico Caiman, está monitorando a situação dado que estamos sujeitos a esses acontecimentos a qualquer momento”. 

E aproveitou para avisar que não está arrecadando fundos para ajudar diretamente nas queimadas, mas se solidariza com “as instituições acometidas pelo fogo, e que estão lutando para salvar o bioma e os animais que sofrem com este cenário”.

Desmatamento, descaso e a pior seca

Foto: Pantanal Relief Fund

O Pantanal vive a pior seca dos últimos 47 anos, intensificada pelo desmatamento na Amazônia, responsável pela umidade e pelas chuvas que banham o centro-oeste e o sudeste do país. Mais: no ano passado, o bioma perdeu cerca de 19% de sua área florestada original devido aos incêndios.

Os focos de incêndios no período de janeiro a junho deste ano, aumentaram muito em relação ao mesmo período no ano passado, de acordo com o INPE: em 2019, foram 2.557; em 2020, 4.218. Com um detalhe: os piores meses da seca são setembro e outubro. A situação pode piorar.

Assim, áreas que, geralmente, alagam – criando um espetáculo único que atrai turistas de todo o mundo -, este ano não foram inundadas. E a matéria orgânica seca disponível torna o fogo das queimadas ainda mais intenso.

As regiões mais atingidas pelas chamas este ano foram a Serra do Amolar (Corumbá), Poconé e Nabileque. O fogo chegou à região do Porto Jofre, no MT, vindo dos dois lados (avançou pela Rodovia Transpantaneira (única estrada que corta o Pantanal), ao norte, e do Mato Grosso do Sul) e atingiu o Parque Estadual Encontro das Águas, como noticiamos aqui.

Esse parque é um santuário de vida selvagem, que abriga a maior população de onças-pintadas do mundo por km2 (a maior fica na Amazônia, que não é uma reserva). De acordo com informações do LASA – Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais do Departamento de Metereologia da UFRJ, a reserva já teve cerca de 60% de sua área consumida pelo incêndio.

Onças-pintadas têm sido encontradas mortas ou muito feridas, como Amanaci – resgatada e tratada com células-tronco, como noticiamos aqui -, mas também jacarés, lontras, cobras diversas, tuiuiús, antas, araras azuis, entre outras espécies, que morrem queimadas pelo fogo, asfixiadas pela inalação da fumaça ou, ainda, devido à dificuldade de se alimentar e de se abrigar.

Foto: Pantanal Relief Fund

Esse triste cenário também é fruto do descaso do governo com o meio ambiente e no combate ao fogo. Além de desestruturar os órgãos de fiscalização e combate, como Ibama e ICMBio, e de cortar 58% da verba de combate a incêndios, o governo – leia-se Bolsonaro e o vice Hamilton Mourãonega que os biomas estejam queimando, principalmente a Amazônia, que é o mais pop.

Agentes do Ibama e do ICMBio – os poucos que ainda restam e são comprometidos com conservação – estão em campo, com o apoio do Corpo de Bombeiros e de órgãos ligados ao governo estadual e municipal. Mas, sem o trabalho de voluntários de diversas organizações, que também tentam impedir que o fogo se alastre ainda mais e salvar parte da fauna exuberante da região, a situação seria ainda mais dramática.

O fogo queima incessantemente. Nem os rios são páreo para a fúria das chamas. Por isso, é imprescindível doar dinheiro para essas instituições.

Pouca intervenção para salvar espécies

Os voluntários da Fundação Ecotrópica procuram dar condições de vida ou de sobrevida às espécies, tanto terrestres, como aquáticas e aéreas, que incluem ainda bovinos e cavalos já que há inúmeras fazendas na região.

Na entrevista que deu ao programa de Fátima Bernardes, na TV Globo, Ilvanio Martins, diretor da Ecotrópica (na foto, acima), ele explicou que biólogos e pesquisadores avaliam as condições do animal. Se ele tiver condições de ser apenas realocado, é o ideal porque “a menor intervenção humana é o melhor caminho para você salvar uma espécie” (no final deste texto, reproduzo o post que divulga essa conversa).

Quanto mais rápido, o animal for devolvido a seu habitat, melhor. Mas se for necessário, ele será levado para tratamento, medicação e recuperação – o acompanhado de veterinários – e depois devolvido ao Pantanal. Por isso, trata-se de “um trabalho temporário“, destacou Martins.

Ilhas de alimentação na recuperação

Também estão sendo criadas ilhas de alimentação (acima), com alimentos doados – o mais próximo possível de sua cadeia alimentar – “para que cada animal consiga se fortalecer e fazer seu ciclo, passando por esse período crítico: a queimada e seus efeitos no Pantanal”.

No final deste post, reproduzo o vídeo produzido pela Ecotrópica, que mostra a instalação dessas ilhas de alimentos.

Martins destacou, ainda, que, mesmo que a chuva venha e amenize os incêndios e a fumaça, a recuperação do local queimado e, portanto, dos alimentos, não acontecerá rapidamente. “A preparação da terra para a próxima etapa, que seria a florada, não vai acontecer. Sem florada, não haverá disposição de alimentos para os animais, não teremos abelhas, nem sementes, o que leva, em cadeia, ao retardamento da reposição natural desse ambiente”.

Assim, o trabalho dos pesquisadores vai até que “a condição natural se restabeleça”. Ele conta que é mantida a rotatividade de voluntários, que levam doações – alimentos e mantimentos – não só para os animais, mas também para as pessoas que vivem na região e perderam seus recursos, suas casas, seus animais. E as doações são imprescindíveis para que a vida possa continuar.

Abaixo, assista ao vídeo do The Intercept Brasil que mostra a busca pelos animais feridos em meio ao fogo no Pantanal. A seguir, em outro vídeo, entenda como são feitas as ilhas de alimentação e, ainda, a entrevista com Ilvanio Martins, da Ecotrópica, na qual ele explica como é feito o trabalho em campo no Pantanal.

Fontes: SOS Pantanal, Fundação Ecotrópica, Inpe, Pantanal Relief Fund, LASA/UFRJ, UOL

Foto: Ailton Lara (destaque)

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