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Cataratas do Iguaçu registram segunda maior vazão histórica, e acesso ao Mirante da Garganta do Diabo é bloqueado

Enquanto a região norte do país seca devido à influência do El Nino no oceano Pacífico e ao aquecimento do Atlântico, a região sul inunda, alaga e se farta de água com fortes chuvas.

Cidades são inundadas, causando transtornos e prejuízos. Pontos turísticos como o Parque Birigui, em Curitiba, ficam embaixo d’água. Mas há também um local onde se pode contemplar a abundância de água: as Cataratas do Iguaçu, no oeste do Paraná, que também exige cuidados.

A vazão normal desse conjunto deslumbrante de quedas d’água é de 1,5 milhão de litros de água por segundo. No entanto, devido ao represamento das águas do Rio Paraná, no sábado, 28/10, o cenário mudou: às 15h, chegou a 7,7 milhões de litros por segundo, e, ontem, no mesmo horário, foram 18,6 milhões de litros por segundo. E não parou por aí.

Hoje, 30/10, às 7h da manhã, as Cataratas alcançaram vazão de 24 milhões de litros por segundo, registrando a segunda maior cheia da história do monitoramento hidrológico automático iniciado em 1997 pela Companhia Paranaense de Energia (Copel), da Itaipu Binacional.

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O recorde é de 9 de junho de 2014, com 47 milhões de litros de água por segundo (assista no final deste post). Sendo que, até então, era de maio de 1983, com 35 milhões de litros de água/seg.

Cataratas do Iguaçu registram segunda maior vazão histórica e acesso à passarela é bloqueado
Registro da vazão histórica de 2014 / Foto: reprodução

A vazão anormal acontece devido ao aumento do nível do Rio Paraná, resultante das águas abundantes do Rio Iguaçu, que desaguam nele. 

Segundo o site da Itaipu, na área próxima à Ponte da Amizade – que liga Brasil e Paraguai – ontem foi registrado aumento de aproximadamente seis metros no nível do rio; no domingo, passou de 110 metros para 116 metros acima do nível do mar. 

Abastecido pelas chuvas atípicas, o Rio Iguaçu desagua no Rio Paraná, causando aumento significativo em sua vazão nas últimas horas, que mais que dobrou, passando de 15 para 32 milhões de litros por segundo.

Hoje, o nível do Paraná deve continuar subindo, mas de forma mais gradativa. A previsão é que, por volta de 21 horas, atinja o pico de 117 metros.

Passarela fechada, parque aberto

A situação registrada hoje levou a concessionária Urbia Catarata,s que administra a visitação ao Parque Nacional do Iguaçu, a fechar a passarela mais próxima às Cataratas. 

Em alguns trechos, as grades dessa passarela foram retiradas, seguindo o protocolo de segurança. Do lado argentino da Garganta do Diabo, A enchente do Rio Iguaçu destruiu parte da passarela que dá acesso às Cataratas: a força da água arrastou cinco trechos de 12 metros do circuito (veja num dos vídeos no final deste post).

Cataratas do Iguaçu registram segunda maior vazão histórica e acesso à passarela é bloqueado

passeio de barco também foi suspenso, mas a visitação ao parque continua autorizada, assim como a presença nos mirantes na Trilha das Cataratas, que oferecem um espetáculo inédito e exuberante, mesmo sem o acesso à passarela. 

Caso a vazão caia para 7 a 8 milhões de litros de água por segundo, sem previsão de alta, ela será liberada durante esta semana.

Chuvas atípicas

De acordo com a Itaipu, “a intensidade das chuvas e a magnitude de sua área de extensão, por quase toda a bacia do Rio Iguaçu, são consideradas atípicas pelos técnicos da Itaipu, que acompanham a precipitação das bacias relacionadas à usina”.

No lado paraguaio, foram registradas algumas intercorrências, mas, do brasileiro, as águas do Rio Paraná não devem atingir a população e suas moradias. “O único impacto previsto é nas estruturas do porto de areia do bairro Porto Meira, afetado quando o nível do rio chega a 114 metros”.

A equipe técnica da concessionária e do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), órgão do governo que administra o Parque Nacional do Iguaçu, seguem monitorando e avaliando, em tempo real, a situação do Rio Iguaçu e das Cataratas do Iguaçu. 

Vídeos com as maiores vazões e

A seguir, assista a quatro vídeos:
– um, publicado pelo Parque Nacional do Iguaçu, que mostra o aumento da vazão no domingo;
– outro, produzido e publicado por Rafael Guimaraes (O Fotógrafo de Foz, no Instagram) que revela a abundância de água nas Cataratas e a segunda maior vazão da história do monitoramento;
– um outro, no qual Rafael Guimarães registrou, com drone, no lado argentino da Garganta do Diabo, a força da água derrubando as grades da passarela e, por último,
– vídeo do recorde histórico em 2014:

 
 
 
 
 
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Com informações do Parque Nacional do Iguaçu

Foto (destaque): reprodução de vídeo

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