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Alcolumbre pressiona Lula por aprovação da exploração de petróleo na Foz do Amazonas

Alcolumbre pressiona Lula por aprovação da exploração de petróleo na Foz do Amazonas

Em sua primeira reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, após a posse no Senado, o novo presidente da casa, Davi Alcolumbre (à direita, na foto acima), já deixou claro que uma das prioridades de sua agenda é a aprovação da exploração de petróleo na Bacia da Foz do Amazonas, o polêmico projeto da Petrobras, extremamente criticado por ambientalistas, não apenas por causa da descoberta dos corais na região, mas também devido à eventualidade de um possível acidente nesse ecossistema tão frágil, próximo à Amazônia, e ainda, pela insistência na continuidade de investimentos em uma economia baseada em combustíveis fósseis.

Lula já demonstrou seu apoio ao projeto por diversas vezes e no encontro com Alcolumbre e o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, na segunda-feira (03/01), no Palácio do Planalto, em Brasília, mais uma vez, segundo pessoas presentes, teria tido que “pessoalmente vai resolver a questão e que o Brasil precisa da riqueza desses royalties.”

Questionado sobre o pedido de Alcolumbre ao presidente, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que analisa o pedido do Petrobras, afirmou que não há prazo para uma resposta.

Em outubro do ano passado, a diretora da Petrobras, Sylvia Anjos, disse que os corais da Amazônia são “fake news científica”. Em 2014, pesquisadores anunciaram a descoberta de um extenso sistema de recifes na Amazônia. Mas segundo a executiva da estatal, o que existem são rochas carbonáticas (também conhecidas como calcárias, formadas por sedimentos), semelhantes a corais, mas não são corais. “São rochas antigas”, reforça ela.

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Em maio de 2023 o Ibama já tinha indeferido uma licença pedida pela Petrobras. Na época, a ministra do Meio Ambiente e do Clima, Marina Silva, declarou que “O governo federal vai respeitar a decisão [do Ibama]” e “uma decisão técnica em um governo republicano e democrático é cumprida e respeitada”.

Uma análise dos técnicos do instituto indicou um impacto ambiental com risco máximo em eventual exploração de petróleo na Amazônia. O relatório foi elaborado em abril de 2022, para que o Ibama pudesse calcular, baseado nesses impactos, a compensação ambiental paga pela Petrobras caso o projeto seja aprovado. O valor estimado foi de quase R$ 4,3 milhões, que a empresa teria de investir para compensar os danos que estaria causando naquela área (leia mais aqui).

O Ministério das Minas e Energia também tem feito pressão para a aprovação do projeto. O ministro Alexandre Silveiro defende que o dinheiro da extração de petróleo na região pode ser usado para o Brasil fazer sua transição energética para fontes mais limpas.

*Com informações do site G1

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Extensão dos corais da Amazônia é seis vezes maior do que estimado inicialmente

Foto de abertura: Fabio Rodrigues-Pozzebom / Agência Brasil

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