O Departamento de Vida Selvagem e Pesca dos Estados Unidos divulgou esta semana que retirou 21 espécies de animais do “Endangered Species Act”, a lista de espécies nacionais ameaçadas, porque agora elas são consideradas extintas na natureza. Entre elas estão dez aves, dois peixes, um mamífero (um morcego) e oito crustáceos.
São animais como o Kauaʻi ʻōʻō, que aparece acima, na coleção do Museu de Auckland. A partir de agora ele e os demais só mesmo assim, como espécimes de museus ou em ilustrações de livro. O oó-de-kauai era uma ave endêmica da ilha de Kauai, no Havaí. Foi visto pela última vez em 1985 e apenas ouvido dois anos mais tarde, em 1987.
Segundo as autoridades, a decisão de listar essas novas espécies extintas foi baseada em análise rigorosa de dados e informações científicas. A maioria delas foi listada como em risco de extinção nas décadas de 70 ou 80, quando suas populações já eram bastante reduzidas ou sequer ainda eram encontradas na vida livre.
“A proteção federal chegou tarde demais para reverter o declínio dessas espécies e é um alerta sobre a importância de conservar as espécies ameaçadas”, ressalta Martha Williams, diretora do U.S. Fish and Wildlife Service. “Ao comemorarmos este ano os 50 anos da Lei das Espécies Ameaçadas, somos lembrados do propósito da legislação de ser uma rede de segurança que interrompe a jornada rumo à extinção. O objetivo final é recuperar essas espécies, para que não precisem mais da proteção da lei”.
Ainda de acordo com o órgão dos EUA, os principais responsáveis pelas extinções foram a perda de habitat, introdução de espécies invasoras e doenças.
Apesar da má notícia, o Departamento de Vida Selvagem e Pesca destaca que graças à lista mais de 100 outras espécies de plantas e animais foram protegidas e conseguiram melhorar seu status de conservação.
Em 2021, o governo norte-americano anunciou que mais de 20 espécies estavam então consideradas extintas. Faziam parte na época o o pica-pau-bico-de-marfim, o rouxinol de Bachman, várias aves do Havaí, assim como espécies de peixes e mexilhões de água doce. Alguns não eram vistos na natureza há mais de 70 anos.
O Akialoa stejnegeri, também do Havaí, tinha a plumagem amarela e um longo bico curvado
(Foto: Hiart, CC0, via Wikimedia Commons)
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Foto de abertura: Auckland Museum, CC BY 4.0 via Wikimedia Commons
