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Polvo que imita forma de outros seres marinhos é visto pela primeira vez na costa da África

Polvo que imita forma de outros seres marinhos é fotografado pela primeira na costa da África

Polvos são realmente seres extraordinários. Além de apresentarem um complexo sistema nervoso, esses cefalópodes são considerados criaturas sencientes, ou seja, capazes de terem sentimentos, como dor, sofrimento ou alegria. Além disso, algumas espécies possuem habilidades incríveis para enganar predadores. É o caso, por exemplo, do polvo-mímico (Thaumoctopus mimicus), que consegue mudar a forma e a cor de seu corpo para ludibriar outros animais marinhos.

Entre as muitas espécies que esse polvo consegue imitar estão um peixe extremamente venenoso que vive no fundo do mar, perigosas serpentes marinhas e o traiçoeiro peixe-leão. Carnívoro, ele pode medir até 60 centímetros e costuma ser observado em águas rasas.

Originalmente o polvo-mímico, que só foi descrito em 1998, era encontrado na região chamada de Indo-Pacífico, contudo, bem recentemente, pesquisadores registraram a presença dessa espécie no litoral de Moçambique, na África.

“Esses avistamentos representam uma expansão significativa na distribuição conhecida desta espécie”, explica Andrea Marshall, cofundadora da Marine Megafauna Foundation e principal autora de um artigo científico que descreve a documentação do polvo-mímico na costa africana. “Ver um em Moçambique foi surpreendente; foi imediatamente reconhecível, mas a sua presença aqui foi completamente inesperada.”

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Polvo que imita forma de outros seres marinhos é fotografado pela primeira na costa da África

O polvo-mímico em suas diversas formas e cores para dissuadir predadores
Foto: Andrea Marshall

Os espécimes documentados pela primeira vez na África foram avistados no estuário de Inhamambane, no Santuário Costeiro de Vida Selvagem Vilanculos.

“Descobrir criaturas tão extraordinárias em novos habitats faz com que pensemos nos vastos e desconhecidos ambientes marinhos, particularmente da África”, destaca Andrea. “Esperamos que esta descoberta inspire admiração e um compromisso renovado com a conservação dos oceanos”.

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Foto de abertura: Andrea Marshall

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