Lolita finalmente descansou. E com ela se foi o sonho de muitos de devolvê-la à natureza. Com estimados 58 anos, ela era a orca mais velha do mundo em cativeiro. Quando tinha aproximadamente quatro anos de idade, foi arrancada de sua família. A filhote fazia parte de um grupo de cerca de 80 indivíduos que vivia na região norte da costa dos Estados Unidos, perto do estado de Washington.
Em 1970, Tokitae – seu nome original – chegou ao Miami Seaquarium, na Flórida, onde foi rebatizada com o nome de Lolita, e passou as últimas cinco décadas nadando numa piscina minúscula e fazendo shows para turistas.
Apesar dos esforços de ativistas nas últimas décadas que lutavam para que a orca fosse retornada à vida livre, na tarde de ontem, sexta-feira (18/08), foi anunciada a sua morte.
“Nos últimos dois dias, ela começou a exibir sérios sinais de desconforto, que toda a equipe médica do Miami Seaquarium e Friends of Toki começou a tratar imediata e agressivamente. Apesar de receber os melhores cuidados médicos possíveis, ela faleceu na tarde de sexta-feira do que se acredita ser uma condição renal”, informou o Miami Seaquarium em suas redes sociais.
No final de março, tinha sido anunciado que Lolita seria, finalmente, levada para um santuário de vida selvagem, para eventualmente, ser reintroduzida no mar. Não houve tempo para isso e diversos especialistas em vida marinha afirmavam que a orca não tinha mais condições de voltar à natureza. Além de apresentar alguns problemas crônicos de saúde, dificilmente conseguiria se adaptar longe do cativeiro (leia mais aqui).
É um fim triste para uma história trágica.
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Foto de abertura: divulgação Miami Seaquarium