
*Atualizado em 19/11/19
No início de setembro, eram grandes manchas de óleo que apareceram pelas praias da costa do Nordeste. Quase dois meses depois, do começo de um dos piores desastres ambientais que o país enfrentou até hoje, são apenas pequenos fragmentos de petróleo. Ainda assim, infelizmente, a tragédia não acabou.
Nos últimos dias, os vestígios de óleo chegaram às praias capixabas. Segundo o boletim diário divulgado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama), em 19/11, já são 58 localidades afetadas no Espírito Santo.

Somadas a todas as outras praias atingidas pelo óleo, nos nove estados da região Nordeste, são 675 praias que foram contaminadas ao longo dos últimos dois meses, em 116 municípios – a maioria delas já foi limpa.
No sul da Bahia, desde o começo da semana, o óleo voltou a aparecer em Nova Viçosa, Mucuri, Prado, Cairu e Maraú.
Ainda no estado, o Ibama resgatou aves marinhas contaminadas pelo petróleo. Segundo informações do órgão, divulgadas no Instagram, os atobás foram encaminhados para o Instituto de Pesquisa e Reabilitação de Animais Marinhos (IPRAM), no Espírito Santo, onde passarão por tratamento de limpeza e reabilitadas.

Pelo levantamento do Ibama, o número de animais mortos chega a 98, a grande maioria, tartarugas marinhas.
A expectativa agora é se os resíduos chegarão ao Rio de Janeiro. O governo estadual já montou um grupo de trabalho especial para a vigilância da costa fluminense, dessa maneira, será possível garantir uma resposta rápida, caso o petróleo atinja a região.
Leia também:
Em carta aberta, veterinários recomendam que não se consuma pescado nas áreas afetadas pelas manchas de óleo
Óleo contamina recifes da Costa dos Corais, em Alagoas, uma das maiores barreiras do mundo
Tartarugas marinhas resgatadas sujas com óleo voltam, finalmente, ao mar
*Texto alterado para atualização do número de localidades atingidas pelo óleo
Fotos: Divulgação/ Prefeitura de Conceição da Barra (abertura) e demais Ibama