“A situação da Amazônia é um triste paradigma do que está acontecendo em muitas partes do planeta: uma mentalidade cega e destruidora que favorece o lucro à justiça; coloca em evidência a conduta predatória com a qual o homem se relaciona com a natureza. Por favor, não esqueçam que justiça social e ecologia estão profundamente interligadas”.
A frase acima faz parte de uma mensagem enviada pelo Chefe da Igreja Católica, o Papa Francisco, no último sábado (06/07), aos participantes do 2º Fórum das Comunidades ‘Laudato si’*.
O evento, realizado na cidade de Amatrice, na Itália, tinha como tema “Planeta Amazônia”. Ainda na carta, o Sumo Pontífice disse que “o homem não pode permanecer um espectador indiferente diante dessa destruição, nem a Igreja deve ficar em silêncio”.
Francisco alertou ainda sobre a necessidade da proteção dos povos indígenas. “O que está acontecendo na Amazônia terá repercussões em nível planetário… Já fez com que milhares de homens e mulheres perdessem seus territórios, tornando-se estrangeiros na própria terra, empobrecidos da própria cultura e das próprias tradições”.
Amazônia em risco
Recentemente, o papa encontrou-se com o cacique brasileiro Raoni, em Roma. O líder indígena contou sobre as ameaças à Amazônia e ao Xingu, provocadas principalmente por madeireiros, mineradoras e o agronegócio.
O discurso de Francisco acontece em um momento que o mundo inteiro tem seus olhos voltados para a atual (des)política de conservação ao meio ambiente do governo Bolsonaro, que tem enfraquecido cada vez mais os órgãos de proteção ambiental.
Um desses exemplos é o Fundo Amazônia, que pode ser extinto porque o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, quer autonomia para gerir recursos e o comitê que o orienta.
Criado em 2008, o fundo promove e apoia financeiramente projetos para a prevenção e o combate ao desmatamento e também, para a conservação e o uso sustentável das florestas na Amazônia Legal, área que compreende nove estados brasileiros e corresponde a quase 60% do território nacional.
Financiado principalmente pelos governos da Noruega e da Alemanha, seus recursos são geridos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES). Agora a iniciativa está ameaçada porque os dois países não aceitam alterações propostas por Salles sobre uso do dinheiro e gestão do comitê orientador.
Aliado a todos esses graves problemas, o desmatamento da Floresta Amazônica cresce mês a mês. Em maio, foram quase 800 km2 de destruição: aumento de 26% em relação a 2018.
Em outubro, o Vaticano realizará um novo encontro para falar dos problemas da Amazônia, durante a “Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos para a região Pan-amazônica”. O evento pretende avaliar os desafios e buscar soluções comuns para as mais de 30 milhões de pessoas que vivem lá.
*‘Laudato si’ é o nome da encíclica sobre Meio Ambiente, lançada em 2015 pelo Papa Francisco, em que ele denunciou, de forma veemente, a exploração dos pobres e o desperdício dos recursos naturais.
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Foto: reprodução Facebook Vatican News
Exigimos que a JUSTICA DO BRASIL SE PRONUNCIE CONTRA O MINISTRO DO MEIO AMBIENTE !ELE ESTÁ A SERVIÇO DOS GRANDES BANCOS E SÓ PROCURA O LUCRO !DESTRUINDO A RIQUEZA ATE PLANETARIA !
A meu ver a igreja católica deveria se desfazer de toda riqueza que possui e distribui’- la aos pobres.Assim , veríamos se o que o sr Francisco tanto propaga, bateria com o que faz.
Quanto à Amazônia, que é brasileira e rica em seu subsolo,cabe a nós administra’-la ,sem destrui’-la.As ONG abundantes nessa região devem contribuir para este propósito.Nao aceitamos nenhuma intervenção estrangeira nela.A idéia de que os índios devem ser largados à sua própria sorte esconde intenções malignas de quem não quer que eles progridam como seres humanos que são.
Em suma, reportagem completamente inútil para quem deseja que seu país alcance um lugar de honra entre as nações do primeiro mundo.