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Três brasileiros conquistam medalhas no primeiro dia de disputas na natação nos Jogos Paralímpicos de Paris

Três brasileiros conquistam medalhas no primeiro dia de disputas na natação nos Jogos Paralímpicos de Paris

No primeiro dia dos Jogos Paralímpicos de Paris, na França, ontem (29), três brasileiros brilharam nas provas de natação, conquistando medalhas de ouro, prata e bronze, respectivamente: Gabriel Araújo, Phelipe Guimarães e Gabriel Bandeira.

Campeão mundial e paralímpico

O mineiro Gabriel Araújo ou Gabrielzinho (como é mais conhecido), tem 22 anos e levou ouro nos 100 metros costas classe S2, para atletas com grande limitação físico-motora

Três brasileiros conquistam medalhas no primeiro dia de disputas na natação nos Jogos Paralímpicos de Paris
O mineiro Gabriel Araújo ou Gabrielzinho a poucos segundos
de ganhar a primeira medalha de ouro para o Brasil
Foto: Wander Roberto/APIB

Porta-bandeira da cerimônia de abertura – ao lado da paulista Beth Gomes, do atletismo -, campeão mundial e paralímpico (esta é sua segunda participação em Jogos Paralímpicos), Gabrielzinho confirmou seu ótimo momento no cenário internacional e conquistou o primeiro ouro do Brasil nestas Paralimpíadas. 

Agora, ele tem quatro medalhas: três ouros (50 m livre, 200 m livre, 100 m costas) e uma prata (100 m costas). As anteriores foram conquistadas em Tóquio, em 2020.

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Gabriel ainda vai participar de outras quatro provas em Paris: 50 m costas, em 31/8; os 150 m medley, em 1/9; os 200 m livre, em 2/9; e os 50 m livre, em 6/9.   

O atleta nasceu com focomelia, doença congênita que impede a formação normal de braços e pernas e conheceu a natação – nos Jogos Escolares de Minas Gerais (JEMG) – por intermédio do professor de Educação Física da escola onde estudava, em Juiz de Fora.

O maior medalhista paralímpico brasileiro

Outro brasileiro vitorioso do dia foi o pernambucano Phelipe Rodrigues, de 34 anos, quecom 23s54, conquistou a prata nos 50 metros livre S10, categoria para atletas com deficiência física de baixo comprometimento

Três brasileiros conquistam medalhas no primeiro dia de disputas na natação nos Jogos Paralímpicos de Paris
“São cinco Jogos Olímpicos e medalhando em todos eles”,
declara o Pernambuco Phelipe Guimaráes, muito feliz
Foto: Wander Roberto/CPB

O maior medalhista paralímpico do país (com seis pratas e três bronzes), competiu “braçada a braçada” com o australiano Thomas Gallagher, campeão com o tempo de 23s40.

“Estou muito feliz por ter conquistado a minha nona medalha em Jogos Paralímpicos. Uma medalha de prata, muito próxima do ouro. Mas, medalha é medalha. Estou muito feliz. São cinco Jogos Paralímpicos e medalhando em todos eles. Tenho mais duas provas para participar. Estou muito ansioso, superconfiante, e conto com a torcida de vocês” declarou o nadador à Agência Brasil.

Phelipe nasceu com o pé direito torto e passou por duas cirurgias quando tinha apenas quatro semanas de vida. Após a segunda intervenção, quando o pé já estava na posição correta, ele foi acometido por uma infecção que afetou o joelho e o tendão (principalmente), que pararam de crescer e ficaram fracos, impedindo os movimentos do pé direito.

Com 8 meses, ele iniciou tratamento fisioterápico, que incluía a natação. Chegou a experimentar outros esportes, mas nadar sempre foi sua paixão. Uma paixão que o projetou no Brasil e no mundo.

Recordista mundial e paralímpico

A medalha de bronze ficou para o paulista Gabriel Bandeira, de 24 anos, nos 100 metros borboleta S14, categoria definida para atletas com deficiência intelectual. 

Três brasileiros conquistam medalhas no primeiro dia de disputas na natação nos Jogos Paralímpicos de Paris
O paulista Gabriel Bandeira em sua quinta Paralimpíada
Foto: Alexandre Schneider

Detentor dos recordes mundial e paralímpico, ele completou a prova com o tempo de 55s08 e foi o segundo atleta a conquistar uma medalha para o Brasil no primeiro dia de competições. O primeiro lugar da categoria ficou para o dinamarquês Alexander Hillhouse (ouro com 54s61, novo recorde paralímpico) e o segundo para o britânico William Ellard (prata, com 54s86).

Aos 11 anos, Gabriel começou sua trajetória de atleta na natação convencional, mas, devido a dificuldades nos treinamentos, passou por testes que revelaram deficiência intelectual. E, assim, foi encaminhado para a natação paralímpica, onde encontrou seu lugar.

Em 2020, o brasileiro participou de sua primeira competição do país, destacando-se ao quebrar quatro recordes. E, desde então, vem se consolidando como um dos grandes atletas da natação paralímpica do Brasil.

Esta é sua quinta Paralimpíada. Em Tóquio, em 2020, Gabriel Bandeira subiu quatro vezes ao pódio.

O Brasil: delegações e medalhas

Nos Jogos Paralímpicos de Paris, o Brasil está sendo representado por 280 atletas de 20 modalidades. É a maior delegação brasileira já anunciada para uma edição da Paralimpíada, fora do país. 

A maior até então era a de Tóquio, em 2020, com 259 convocados. Já o recorde de participantes brasileiros foi nos Jogos do Rio 2016, ocasião em que o Brasil sediou o megaevento e contou com 278 atletas com deficiência em 22 modalidades.

“Temos certeza de que será uma das mais importantes participações do Brasil em Jogos Paralímpicos. Vamos chegar em Paris após o nosso ciclo mais vitorioso da história, com campanhas históricas em Mundiais e no Parapan de Santiago 2023, declarou Mizael Conrado, bicampeão paralímpico no futebol de cegos (Atenas 2004 e Pequim 2008) e presidente do CPB.

“Estamos muito esperançosos de que nossos atletas tenham as suas melhores trajetórias da carreira”, completou ele. 

Na história dos Jogos Paralímpicos, o Brasil já conquistou 373 medalhas, sendo 109 de ouro, 132 de prata e 132 de bronze. 

Em Tóquio, o país fez sua melhor campanha com 72 medalhas (22 de ouro – superando Londres com 21, em 2012 -, 20 de prata e 30 de  bronze), a mesma quantidade obtida no Rio de Janeiro, em 2016.
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Fotos: Wander Roberto (Gabriel Araújo) e Alexandre Schneider (Phelipe Guimarães e Gabriel Bandeira).

Com informações do Comitê Paralímpico Brasileiro, Agência Brasil e Agência Gov

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