Desde sexta-feira, as redes sociais têm sido invadidas por vídeos que mostram meninas negras americanas surpresas e felizes ao assistirem o trailer da nova versão da animação A pequena sereia, que estreia em maio de 2023 (assista no final deste post).
Suas carinhas felizes ao ver a sereia negra, de cabelos cacheados e avermelhados, interpretada pela atriz e cantora Halle Bailey, revelam imediata identificação, além de alegria e prazer. Algumas paralisam, outras pulam de alegria, outras ainda abrem enormes sorrisos.

Nenhuma outra manifestação seria necessária para que compreendêssemos a importância da representatividade que o novo filme oferece, mas os comentários também são interessantes registros:
“Ela é preta!”, “A pele dela! É marrom como a minha!”, “Mamãe! Ela é marrom como eu!”, “Quero assistir!”.

Dislikes e comentários agressivos
No entanto, nem tudo é alegria com a nova sereia da Disney. A onda de insatisfação por parte de fãs, que começou em 2019 quando Bailey foi anunciada como protagonista da história, se intensificou.
Assim que o trailer em inglês foi lançado no You Tube, no sábado, 9 de setembro, recebeu uma quantidade absurda de dislikes (simbolizado pelo gesto de ok com o dedo para baixo) – 1 milhão contra 289 mil de likes -, além de comentários agressivos.
Para impedir a promoção desses ataques – e certamente a desvalorização do filme – a Disney tem ocultado o registro dos dislikes (também nas versões com legenda em português e dublada), mas os dados podem ser acessados através de extensões do Google Chrome.
Ontem pela manhã, 12/9, segundo o G1, o vídeo original contava com mais de 9 milhões de visualizações, além de 332 mil likes e 1,2 milhão de dislikes! Na versão dublada em português, também ontem, o canal da Disney apontava 517 visualizações e uma diferença menor entre likes (76 mil) e dislikes (65 mil).
Por segurança, não instalei a extensão para visualizar os dislikes, mas, caso você tenha curiosidade, o link é este.
Hoje, às 10h33, a versão com legenda em inglês registrava 391.293 views e 64 mil likes. Na dublada em português, eram 761.653 views e 122 mil likes.
Puristas ou racistas?
Em 2019, assim que a Disney anunciou Halle Bailey como estrela do novo filme, parte dos fãs declarou-se insatisfeita, alegando que esperava uma “versão fiel” ao desenho animado de 1989.
Ao mesmo tempo que fãs adeptos da diversidade se mobilizam para defender a escolha da atriz – uma das cantoras mais promissoras de sua geração -, a Disney defende a nova versão, salientando que “sereias não existem, de verdade” e, portanto, pouco importa a cor de sua pele.
Também reconhece que o ódio e a repulsa contra atores negros são constantes, mesmo quando interpretam personagens fictícios e fantasiosos, como é o caso de Bailey. E cita outras produções que têm sido alvo desse tipo de ataque: as séries ‘A Casa do Dragão’, exibida pela HBO, e ‘O senhor dos anéis: Os anéis do poder’, que passa na Prime Vídeo.
Diversidade no elenco
Não é só a protagonista de A Pequena Sereia que nos lembra que a humanidade é diversa em raça e origem. Entre os atores escolhidos para o elenco principal desta história da Disney há brancos, negros e uma oriental, oriundos dos Estados Unidos, da Espanha e da Inglaterra.
Daveed Diggs – ator de teatro, rapper, cantor e compositor americano – interpreta a lagosta Sebastião, conselheiro de Ariel que tenta, a todo custo e sem sucesso, demovê-la da ideia de se tornar humana.
A atriz britânica Noma Dumesveni representa uma personagem criada especialmente para esta versão, ou seja, que não existe na trama original: a Rainha Selina, ainda sem descrição oficial.
Awkwafina – atriz, compositora e rapper norte-americana, de origem chinesa e coreana – interpreta a gaivota Sabidão, que ensina Ariel sobre como os humanos são estranhos e utilizam determinados objetos.
No elenco ainda estão o espanhol Javier Bardem, como o Rei Tritão (na mitologia grega, é um deus marinho), que interpreta o pai de Ariel; a atriz e comediante americana Melissa McCarthy, como a vilã Ursula; o ator inglês novato Jonah Hauer-King, como o príncipe Eric; e o jovem Jacob Tremblay, de 15 anos – bem sucedido em sua carreira artística desde criança -, como Linguado, o amigo peixe de Ariel, muito animado, mas também medroso, quando o perigo se aproxima.
Eu achei totalmente desnecessário trocaram a atriz de Ariel, já q muitos fãs cresceram assistindo a pequena sereia original, nada contra a cor da pele, mas pq n deixaram a original e depois adicionaram uma amiga da Ariel negra se for o caso, já q querem provar algo ao público, sem haver necessidade, na minha opinião, forçaram demais a barra, ao mudarem a Pequena Sereia original do desenho, para colocarem uma Pequena Sereia que não parece a do desenho de animação, tipo saiu do original, imagina a Bela e a Fera, a Bela Adormecida, Rapunzel, branca de neve, todas sendo trocadas, seria uma mudança sem nexo se comparar as histórias e personagens originais da nossa infância criadas pela Disney. Eu n curtir essa mudança e deixo claro aqui que não sou racista, só n gostei da mudança pq sai do foco da verdadeira Pequena Sereia.