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Santuário de vida selvagem na Austrália anuncia fim de abraços a coalas

Santuário de vida selvagem na Austrália anuncia fim de abraços a coalas

Em 2009, quando Taylor Swift tinha apenas 20 anos e estava começando a ganhar fama mundial, ela visitou o Lone Pine Koala Sanctuary, em Brisbane, e realizou o sonho, assim como milhões de pessoas, de segurar um coala. Além dela, outras celebridades, como o tenista Roger Federer e até o Papa João Paulo II, e ainda outros milhares de visitantes também não resistiram à tentação de poder abraçar um desses marsupiais, símbolos da Austrália.

Pois desde o último dia 1o de julho essa interação com coalas, até então oferecida pelo santuário de vida selvagem, não estará mais disponível. Segundo a instituição, a decisão foi tomada após retorno de turistas que, continuam querendo conhecer mais sobre o comportamento e hábitos desses animais, contudo são contra esse contato desnecessário.

“Temos assistido a um aumento na procura de programas educativos e experiências orientadas, com foco na capacidade de testemunhar o comportamento natural dos coalas. Depois de vê-los de perto e em seu maravilhoso estado natural, esperamos que nossos visitantes os amem e respeitem ainda mais”, afirmou Lyndon Discombe, diretor geral do Lone Pine Koala Sanctuary.

A Associação de Zoológicos e Aquários da Austrália e Ásia elogiou a mudança. “Apoiamos a nova posição tomada pelo Lone Pine Koala Sanctuary. Este santuário não é apenas um destino para visitantes australianos e internacionais verem coalas, mas também um importante centro de educação para a conservação e proteção dos animais”, declarou a entidade em nota.

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Apesar de “fofos”, vale sempre lembrar que coalas são animais selvagens e por mais que estejam em um centro de conservação, seres humanos devem manter a devida distância deles e outras espécies.

Impacto da presença humana sobre os coalas

O Lone Pine Koala Sanctuary foi inaugurado em 1927, inicialmente com apenas dois indivíduos, Jack e Jill. Seu fundador, o ambientalista Claude Reid, estava preocupado com a sobrevivência da espécie.

Durante muitas décadas, ao redor de 1900, a pele do coala era exportada para a Europa. Milhões desses pequenos e inofensivos animais foram mortos para atender a demanda, ou melhor, a vaidade do homem. Em 1924, a espécie já estava extinta no sul da Austrália. Apenas no final da década de 30, devido à revolta popular, foi declarado pelo governo o status de “animal sob proteção”.

Acredita-se que os coalas (Phascolarctos cinereus) evoluíram no continente australiano durante o período em que a Austrália começou a se deslocar lentamente para o norte, separando-se gradualmente da massa terrestre antártica, há cerca de 45 milhões de anos.

Restos fósseis de animais semelhantes a eles foram encontrados datando de 25 milhões de anos atrás. À medida que o clima se alterou e a Austrália se tornou mais seca, a vegetação mudou para o que conhecemos hoje como eucalipto, tornando-se a principal fonte de alimento desses marsupiais.

Antes dos primeiros europeus chegarem ao continente, por volta de 1788, milhões e milhões de coalas viviam ali. Todavia, ao longo dos últimos 230 anos, o impacto das atividades humanas, assim como a perda das florestas, reduziu a população de coalas a números alarmantes.

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Foto de abertura: reprodução Facebook Lone Pine Koala Sanctuary

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