Há seis anos, o Santuário de Elefantes Brasil (SEB) ocupa uma área de 1.100 hectares no Cerrado da Chapada dos Guimarães, Mato Grosso, selecionada após anos de mapeamento e pesquisa realizados em todas as regiões do Brasil. O objetivo da organização – liderada pelo especialista americano Scott Blais – é proporcionar uma vida digna a todos os elefantes que vivem em cativeiro na América do Sul, até sua morte.
Todos vieram traficados da Ásia e da África e passaram a maior parte de suas vidas sofrendo violências e abusos, principalmente em circos e, por isso, têm problemas físicos e psicológicos como Rana, Bambi, Mara, Lady e Maia, que hoje vivem no Santuário. E também Guida e Ramba, que chegaram a desfrutar da paz e dos cuidados oferecidos pela instituição, mas não resistiram à fragilidade de sua saúde.
Acompanhamos o trabalho precioso realizado pelo SEB e a chegada de cada elefante desde agosto de 2016, quando Maia e Guida tornaram-se as primeiras hóspedes. A última reportagem que publicamos – na qual seus criadores declaram que querem transformar o santuário brasileiro no maior do mundo – foi em julho deste ano.
Para manter a estrutura complexa do Santuário – não só de tratamento, treinamento e acompanhamento dos animais, como de construção e manutenção dos recintos e organização e logística das viagens para resgatar os elefantes – a instituição depende de doações (mensais e esporádicas), além da captação de recursos com a venda de produtos, a realização de parcerias e de eventos.
É o caso do Segundo Leilão de Obras de Arte, que lançou hoje com uma live no Instagram do Observatório Justiça e Conservação, seu parceiro, com a presença de Daniel Moura, biólogo e um dos diretores do SEB (disponível neste link).
A primeira edição do leilão aconteceu em agosto do ano passado, teve a adesão de 19 artistas e foi lançada no Dia do Elefante. Este ano, participam 22 artstas com obras de técnicas diversas – alguns cederam dois trabalhos -, que estão expostas para lances no site do SEB. A maioria retratou as “meninas” que vivem na Chapada dos Guimarães, exclusivamente para o leilão.
São eles: Siron Franco, Fernando Garroux, Birgitte Tümmler (no destaque deste post), Rogério Assis, Carolina Saidenberg, Guataçara Monteiro, Sandra Köche, Gugie Cavalcanti, Paulo Ricardo Campos, Fernanda de Pontes, Sandra Kuniwake, Evandro Karvat, Adriano Figueiredo Ferreira, Alma Salgada, Priky Zuccolo, Fabrini Crisci, Hugo dos Santos, Thabata Menezes, Lígia Barros, Ana Wilhelm, Sandra Hiromoto e Dalva de Barros.
Os lances poderão ser feitos até as 20h do dia 29 de outubro. O leilão será encerrado com nova live no Instagram do OJC, que anunciará os vencedores que arremataram as belíssimas obras.
Abaixo, reproduzo algumas das que selecionei no site e o link do vídeo produzido pelo SEB para divulgação do leilão.