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Paul Watson, grande protetor de baleias e dos oceanos, continuará preso na Groenlândia até 13/11

Paul Watson, grande protetor de baleias e dos oceanos, continuará preso na Groenlândia até 13/11

Parece tortura ou brincadeira de muito mau gosto. Em 23/10, pela quarta vez, o Tribunal de Nuuk (capital do território autônomo dinamarquês), na Groenlândia, prorrogou a detenção do maior protetor dos oceanos e, em especial, das baleias, Paul Watson. Serão mais três semanas aguardando a decisão do Supremo Tribunal da Dinamarca sobre sua sentença. 

Responsável pelo mandado de captura da Interpol, que levou Watson à prisão em 21 de julho, o Japão pede sua extradição para que ele seja julgado por um confronto com baleeiros do navio Shonan Maru 2, em 11 de fevereiro de 2010, durante a qual teria ferido um membro da tripulação japonesa. 

“O tribunal na Groenlândia decidiu, hoje, que Paul Watson continuará detido até 13 de novembro de 2024, a fim de garantir sua presença durante o anúncio da decisão sobre a extradição”, declarou a polícia local em comunicado.

“Não há surpresas aqui. O Japão consegue o que quer. Este é um empreendimento criminoso e eles estão apenas se utilizando do sistema judicial dinamarquês para conseguirem o que querem. E eles querem voltar a matar baleias no santuário de baleias no Oceano Antártico novamente e eles têm medo que vamos expô-los novamente. É disso que se trata. Isso é muito, muito político”, declarou Watson ao sair do julgamento e voltar para a prisão.

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O que diz a defesa de Watson

Antes da audiência, Julie Stage, advogada de Watson, disse que sua equipe pediria a liberação imediata de seu cliente, acrescentando que “realisticamente, isso pode não acontecer”. E não aconteceu.

Stage também comentou que estava preparando recurso para ser apresentado ao Supremo Tribunal da Dinamarca sobre a decisão anterior do Tribunal de Nuuk, que, em 2/10, decidiu manter o ativista em custódia.

A equipe de advogados de defesa insiste que Watson é inocente e reafirma que tem gravações em vídeo, que provam que “o tal membro da tripulação” não estava no convés quando a bomba foi lançada por ele no baleeiro. Mas o tribunal de Nuuk se recusou a assisti-lo.

De acordo com a agência Reutersem raro comentário público sobre o caso, Takeshi Iwaya, ministro das Relações Exteriores do Japão, afirmou recentemente que o pedido de extradição era “uma questão de aplicação da Lei do Mar e não uma questão de caça às baleias”. Dissimulação?

Outras tentativas de salvar o ativista da extradição 

No mês passado, os advogados de Watson também entraram em contato com Michel Forst, relator especial da ONU s0bre Defensores do Meio Ambiente, afirmando que ele poderia ser “submetido a tratamento desumano” em prisões japonesas, caso seja extraditado. E enfatizando que ele tem 73 anos.

Quando Watson saiu em missão, em julho, para interceptar o baleeiro, ele vivia na França. Por isso, ao ser preso, escreveu ao presidente francês Emmanuel Macron pedindo asilo político.

Na semana passada, a conservacionista britânica Jane Goodall declarou seu apoio a Watson, chamando-o de “homem corajoso” e dizendo que esperava que a França aceitasse seu pedido.

Representantes da diplomacia francesa já solicitaram à Copenhague que não o extradite, mas também disseram que é complicado oferecer asilo a Watson, já que a pessoa deve estar na França para apresentar o pedido.

A seguir, assista ao vídeo divulgado pela Sea Shepherd Brasil, com o pronunciamento de Paul Watson à saída de mais um previsível julgamento:

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Foto (destaque): Captain Paul Watson Foundation/divulgação 

Com informações da Reuters, do G1, da Sea Shepherd Brasil e da Captain Paul Watson Foundation

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