
Que imagens sensacionais! A presença de duas espécies, do topo da cadeia alimentar, é prova do equilíbrio e qualidade ambiental do Parque Nacional de Brasília, uma importante Unidade de Conservação (UC) do Cerrado brasileiro, localizada a apenas 10 km da capital. Armadilhas fotográficas instaladas pela equipe Projeto Grandes e Médios Mamíferos do Planalto Central flagraram este mês uma onça-pintada (Panthera onca), onças-parda (Puma concolor) e jaguatiricas (Leopardus pardalis) circulando pela mata.
“O parque vem sendo impactado por diversas ameaças humanas, como os atropelamentos, a caça ilegal, incêndios florestais, o ataque de cães à fauna, mas ainda possui qualidade para abrigar uma população de onça-parda. Quanto à onça-pintada, trata-se apenas de um indivíduo, até novas descobertas”, diz a bióloga Claudia Rocha-Campos, analista ambiental da Área de Proteção Ambiental (APA) do Planalto Central.
A onça-pintada, considerado o maior felino das Américas, é um macho adulto. Ele já tinha sido avistado em 2021, pela primeira vez, por pesquisadores da Universidade Federal de Brasília (UNB) e no início de 2024 pelo grupo Brasília é o Bicho.
O monitoramento realizado pelo Projeto Grandes e Médios Mamíferos tem como objetivo entender a distribuição geográfica desses animais na região e traçar estratégias de conservação. Até este momento já foram registradas 37 espécies, sendo que 15 estão ameaçadas de extinção.
Em 2018, também foi documentada a presença do maior tatu do mundo, em raro registro, no Parque Nacional de Brasília. O tatu-canastra (Priodontes maximus), animal característico do Cerrado brasileiro, pode chegar a ter 1,5 metro de comprimento e pesar até 60 kg, mas está em risco de extinção (leia mais aqui).
Abaixo os vídeos que mostram a onça-pintada e a parda no Parque Nacional de Brasília:
*Com informações e entrevista contida no texto de divulgação do ICMBio
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Foto de abertura: reprodução vídeo