Maior tatu do mundo é flagrado em raro registro no Parque Nacional de Brasília
Ele é o maior tatu existente do mundo. Pode chegar a ter 1,5 metro de comprimento e pesar até 60 kg. Mas infelizmente, o tatu-canastra (Priodontes maximus), animal característico do Cerrado brasileiro, mas que também pode ser encontrado em outros biomas do país e da América Latina, está ameaçado de extinção.
Para surpresa de biólogos, entretanto, um tatu-gigante, como é chamado popularmente, foi observado por uma câmera no Parque Nacional de Brasília, localizado a apenas 10 km da capital.
A câmera foi instalada pelos pesquisadores da organização ambiental Brasília é o Bicho, em parceria com o Instituto Nex.
Infelizmente, no passado, o tatu-canastra era alvo de caçadores, que buscavam sua carne ou sua armadura, muito resistente, para fazer utensílios. A perda de habitat (desmatamento) também contribuiu para a redução de sua população.
Atualmente não existe uma estimativa do número de indivíduos que ainda resta na natureza, mas sabe-se que são muito poucos, por isso a surpresa no flagrante realizado em Brasília, principalmente, porque a espécie tem hábitos noturnos e passa parte do dia abaixo do solo, o que dificulta ainda mais sua visualização.
O tatu-canastra encontra-se em listas nacional e mundial de espécies em risco, classificado como vulnerável, ou seja, ameaçado de ser extinto na natureza.
Por ter hábitos noturnos, a observação e o estudo do tatu-canastra
se tornam mais difíceis
A garra do tatu-gigante, que pode medir cerca de 20cm, é usada na escavação de tocas e procura de alimentos, predominantemente cupins e formigas, por isso mesmo, a espécie faz suas casas próximas às colônias destes insetos.
Em outubro do ano passado, mostramos aqui também, outro registro raro do animal, feito no Mato Grosso do Sul.
Assista abaixo o vídeo com o flagrante do tatu-canastra em Brasília:
*Com informações da Organização Brasília é o Bicho e do WWF-Brasil
Fotos: reprodução vídeo (abertura) e Andre Borges/Agência Brasília/Creative Commons/Flickr
Jornalista, já passou por rádio, TV, revista e internet. Foi editora de jornalismo da Rede Globo, em Curitiba, onde trabalhou durante 6 anos. Entre 2007 e 2011, morou na Suíça, de onde colaborou para publicações brasileiras, entre elas, Exame, Claudia, Elle, Superinteressante e Planeta Sustentável. Desde 2008 , escreve sobre temas como mudanças climáticas, energias renováveis e meio ambiente. Depois de dois anos e meio em Londres, vive agora em Washington D.C.
Registro formidável. Que animal impressionante! deve ser protegido da extinção por todos os meios disponíveis.
Já acho estranho o Tatu, imagine o maior do mundo.