A morte de nove macacos, em apenas dois dias, no Zoológico e Jardim Botânico de Hong Kong, está sendo investigada pelas autoridades locais. Oito deles morreram no domingo (13/10) e outro na segunda (14/10). A área onde os primatas viviam foi fechada e passou por desinfecção. Aguarde-se o resultado das necropsias para se confirmar a causa dos óbitos.
Entre os animais mortos estão três saguis-de-cabeça-de-algodão (Saguinus oedipus), espécie considerada criticamente ameaçada de extinção, ou seja, um estágio antes de desaparecer completamente da natureza. Além deles, foram encontrados sem vida um macaco-de-brazza (Cercopithecus neglectus), um macaco-esquilo (Saimiri) e quatro parauaçus (Pithecia pithecia).
O zoológico de Honk Kong é o mais antigo da cidade e fica dentro de um parque. Atualmente abriga ainda 158 aves, 93 mamíferos e 21 répteis.
Fotos: Hong Kong Zoological and Botanical Gardens
Os óbitos ocorrem pouco mais de duas semanas após 47 tigres, três leões e uma pantera negra morrerem de gripe aviária em zoológicos do Vietnã. Todavia, até o momento não se levantou essa hipótese ainda em relação aos macacos. Uma das suspeitas é a contaminação por algum produto tóxico.
Estima-se que restem apenas 2 mil saguis-de-cabeça-branca em vida livre, mais especificamente, numa pequena área de floresta tropical ao norte da Colômbia.
Infelizmente, ainda hoje, esses saguis, que têm entre sua principal característica a lindíssima juba branca em volta da cabeça, são vítimas do tráfico de animais silvestres e também, da perda de habitat, provocada pelo desmatamento. Apenas 5% da área original de ocorrência desses macacos continua intacta. Nas últimas duas décadas, 80% da população da espécie foi dizimada.
Foto: Hong Kong Zoological and Botanical Garden
——————–
Acompanhe o Conexão Planeta também pelo WhatsApp. Acesse este link, inscreva-se, ative o sininho e receba as novidades direto no celular
