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Nos 70 anos de reinado, Elizabeth teve a companhia de 30 cães, uma paixão da rainha desde muito jovem

Nos 70 anos de reinado, Elizabeth teve a companhia de 30 cães, uma paixão da rainha desde muito jovem

Nesta quinta-feira, 8 de setembro de 2022, os britânicos estão dizendo adeus à mais longeva monarca da história do Reino Unido. Aos 96 anos, a Rainha Elizabeth II faleceu durante a tarde, no Castelo de Balmoral, na Escócia. Sabia-se que a saúde já estava debilitada depois de 70 anos de reinado. No ano passado ela perdeu o marido, o Príncipe Phillip, com quem ficou casada durante 74 anos.

Com a morte do pai, o Rei Jorge VI, Elizabeth foi coroada Rainha, em 1953, aos 26 anos. Mas muito antes de virar a chefe de estado que viu chegarem ao poder 26 governantes no Brasil, 13 dos Estados Unidos, além de dar sua benção a 15 primeiros-ministros do Reino Unido, a jovem herdeira encontrou uma paixão que levaria com ela para o resto de sua jornada: o amor pelos animais.

Exímia cavaleira, durante toda a vida criou cavalos de raça e montava quando precisava espairecer. Há menos de dois meses, em junho, inclusive, quando já estava caminhando com o auxílio de uma bengala e tinha sido orientada pelos médicos a não andar mais de cavalo, ela foi vista em cima de um nos jardins do Castelo de Windsor.

Mas foram os cães que realmente estiveram ao seu lado durante todo seu reinado. Em 1933, quando ela tinha apenas 7 anos, se encantou com o cachorro de uma amiga. O animal era da raça welsh corgi pembroke, nativa do País de Gales. Foi amor à primeira vista e Elizabeth pediu um igual aos pais.

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Dookie tornaria-se então o primeiro corgi da futura herdeira do trono e seria seguido por dezenas de outros da mesma raça. Ao longo dos últimos 90 anos, a rainha teve 30 cães.

Elizabeth, à esquerda, ao lado da irmã mais nova, Margareth: desde cedo a paixão pelos cães

Quando tinha 18 anos, entretanto, Elizabeth recebeu da irmã, a fêmea Susan, que se tornaria uma companheira muito especial – ela esteve presente em sua coroação, casamento e lua-de-mel. A corgi teria uma linha enorme de descendentes, todos mantidos por Elizabeth ou presenteados a pessoas muito próximas.

Susan viveu 15 anos e quando partiu foi enterrada no cemitério de animais na casa de campo de Sandringham, em Norfolk. “Sempre temi perdê-la, mas sou muito grata por seu sofrimento ter sido tão misericordiosamente curto”, disse a rainha na época da morte de sua fiel escudeira.

A rainha adorava também os cavalos: contrariou ordens médicas
e cavalgou em junho, já com 96 anos

Participação especial no filme de abertura dos Jogos Olímpicos

Apesar do clima austero das festas e eventos da Família Real, durante todo o reinado de Elizabeth seus corgis puderam circular livremente pelos ambientes dos palácios e castelos da monarquia. Segundo os conhecedores dos bastidores da vida da rainha, seus cachorrinhos dormiam em seu quarto. E a acompanhavam em todas suas viagens para suas residências oficiais, como Buckingham, em Londres, Windsor e Balmoral, onde ela acabou falecendo.

Atualmente a rainha tinha quatro cães, incluindo os corgis Muick e Sandy, o dorgi Candy e a cocker spaniel, Lissy. Já se sabe que os primeiros ficarão com o filho, o Príncipe Andrew, e a ex-nora, Sarah Ferguson, que os deram de presente para Elizabeth após a morte do marido, no ano passado (ela tinha tido que não queria mais cães pois sabia que estava chegando no fim da vida). Não se sabe ao certo ainda com quem os outros ficarão.

O que se sabe é que dificilmente se conseguirá no futuro dissociar a imagem do corgi com a tão querida rainha dos britânicos. Eles estavam ao lado dela na famosa capa da revista Vanity Fair, fotografada em 2016 por Annie Leibovitz, e também apareceram rolando e correndo no vídeo produzido para a abertura dos Jogos Olímpicos de 2012, quando Elizabeth fez uma participação ao lado do ator Daniel Craig, interpretando o espião James Bond.

“Retire a riqueza, o privilégio e os palácios, e o vínculo que ela tinha com seus cães não é diferente do vínculo que o resto de nós temos, não importa nossa posição na vida”, escreveu Penny Junor, autora do livro “All The Queen’s Corgis”, de 2018.

Uma nova raça da realeza: o dorgi

A paixão dos membros da Família Real por cães é muito antiga. E não se restringiu aos corgis. No passado, os monarcas britânicos levaram para o centro do poder spaniels, labradores, collies, greyhounds, pugs, dachshunds, terriers, poodles, só para citar alguns.

A Rainha Vitória, por exemplo, teve 38 pugs ao longo de seus 63 anos de reinado.

Mas foi por acaso que uma nova raça de cães foi criada pela monarquia. Do cruzamento de um corgi de Elizabeth com um dachshund da irmã Margareth surgiu o “dorgi”.

*Com informações dos sites BBC, Newsweek e New York Post

*Atualizado em 13/09 para incluir a informação de com quem ficarão os dois corgis da rainha

Leia também:
Em discurso no Parlamento, Rainha Elizabeth apresenta novas leis pelo bem-estar dos animais no Reino Unido

Fotos: reprodução Facebook The Royal Family

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