O navio Rainbow Warrior é um dos mais emblemáticos símbolos da organização ambiental Greenpeace. A entidade internacional, que luta no mundo inteiro, pela proteção do planeta, é conhecida por suas ações contra a atividade de empresas que causam impacto na natureza e nos seres vivos – plantas, homens e animais.
Em muitas destas ações espetaculares, como por exemplo, tentar impedir a caça de baleias no Japão ou a extração de óleo no Ártico, o Rainbow Warrior sempre está presente.
E agora, para comemorar os 25 anos do Greenpeace no Brasil, o navio estará aberto à exposição pública no Pier Mauá, no Rio de Janeiro, nos dias 29 e 30 de abril e 1o, 4, 5 e 6 de maio.
Depois de passar pelo Chile e Argentina, o Guerreiro do Arco-Íris está no país também para apoiar a campanha pela defesa dos Corais da Amazônia, que estão sob a ameaça de exploração de petróleo pela companhia francesa Total. Um vazamento de óleo pode ser mortal para a vida do recife, e o navio se juntará à resistência de 1 milhão de pessoas que já se posicionaram contra esse projeto absurdo (leia mais aqui sobre o assunto e para apoiar a iniciativa).
O Rainbow Warrior ficará atracado próximo ao Museu do Amanhã. A entrada para visitação será gratuita e o público poderá conhecer a ponte de comando, a tripulação e saber mais sobre as causas que o Greenpeace defende. Você encontra mais informações aqui, na página do Rainbow no Brasil.
A história do Rainbow Warrior
O navio do Greenpeace que estará em águas brasileiras nas próximas semanas é o Rainbow Warrior III. Ele foi construído especialmente para ser um barco de campanhas, em 2011.
O primeiro Guerreiro do Arco-Íris era um velho barco pesqueiro de arrasto inglês, da década de 50, adquirido pela organização em 1978. Mas um atentado com bombas, na França, antes de um teste nuclear, o afundou em 1985. Hoje, a carcaça da embarcação descansa no fundo de uma baía, na Nova Zelândia, cercado pela vida que tanto defendeu e transformado em um recife artificial.
Em 1989, o Greenpeace comprou um segundo navio, que viajou pelos cinco oceanos, participando de inúmeras manifestações pelo planeta, até 2011. O Rainbow Warrior II foi doado para uma ONG de Bangladesh para ser usado como navio-hospital.
E qual a inspiração para o nome Rainbow Warrior? Quem conta é o jornalista Rodrigo Gerhardt, do Greenpeace Brasil.
Durante a primeira viagem dos fundadores do Greenpeace, o jornalista canadense Robert Hunter leu um livro sobre mitos e lendas indígenas. Um trecho impressionou a tripulação: ele narrava a previsão feita 200 anos antes por uma velha índia Cree, da América do Norte, chamada Olhos de Fogo, sobre o futuro do planeta:
“Um dia a terra vai adoecer. Os pássaros cairão do céu, os mares vão escurecer e os peixes aparecerão mortos nas correntezas dos rios. Quando esse dia chegar, os índios perderão seu espírito. Mas vão recuperá-lo para ensinar ao homem branco a reverência sagrada pela Terra. Aí, então, todas as raças vão se unir sob o símbolo do arco-íris para terminar com a destruição. Será o tempo dos Guerreiros do Arco-Íris.”
Fotos: divulgação Greenpeace