Em janeiro deste ano, escrevi um post aqui no Conexão Planeta em que contava que oito espécies de animais poderiam entrar em extinção já em 2019. Entre elas estava o leopardo Amur (Panthera pardus orientalis).
Estimativas apontam que, livres na vida selvagem, restem menos de 80 indivíduos dessa subespécie, nativa de florestas do sul da China, norte da Rússia e península coreana. A caça e a perda de habitat foram responsáveis pelo seu quase desaparecimento do planeta. Na Lista Vermelha, da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês), o Amur é classificado como ‘criticamente ameaçado’.
É por esta razão, que a notícia do nascimento de dois filhotes de Amur está sendo tão comemorada. O macho e a fêmea nasceram no dia 19 de junho no Rosamond Gifford Zoo, na cidade de Syracuse, no estado de Nova York.
Ontem (14/08), pela primeira vez, os filhotinhos puderam ser vistos pelos visitantes do zoológico. Eles passaram os dois últimos meses sendo cuidados pela mãe. Os pequenos leopardos ainda não têm nome e a intenção da equipe do Rosamond Gifford é convidar o público para participar de uma votação.
Leopardo Amur: o felino mais raro do mundo
Assim como outras subespécies de leopardo, o Amur é um animal extremamente ágil. Pode correr até 60 quilômetros por hora e saltar distâncias de mais de 5 metros. Sua pelagem é mais clara, mas suas manchas arrendodadas pretas maiores.
De hábitos solitários, na natureza o Amur vive entre 10 e 15 anos. Em cativeiro, pode chegar aos 20 anos.
Animais nascidos em cativeiro dificilmente podem ser reintroduzidos em seu habitat original, mas são muito importantes para garantir a segurança genética de suas espécies e para que biólogos consigam compreender melhor seus hábitos e comportamento e assim, desenvolver políticas mais eficazes para sua preservação na natureza.
Fotos: Divulgação/Rosamond Gifford Zoo/Maria Simmons