Hoje, o Brasil talvez tenha celebrado o dia ‘7 de setembro’ mais especial de sua história. Na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, em vez dos ataques às instituições e de um povo cooptado por um presidente truculento, que deturpou o significado de ‘patriota’ dos símbolos do Brasil nos últimos quatro anos, tivemos uma celebração respeitosa e diversa pelos 201 anos da Independência, proclamado por D. Pedro I (precisamos aprender a celebrar o 2 de julho também!).
O presidente Lula – em seu nono desfile como presidente – e sua equipe de comunicação conseguiram resgatar a importância da data e, pelo que se pode notar nas arquibancadas – que reuniram cerca de 50 mil pessoas, segundo o próprio governo -, ajudaram no resgate da bandeira do Brasil e do verde/amarelo, sem ranço antipatriota.

Com o lema “união, democracia e soberania”, a festa seguiu o roteiro básico, mas com menos escolas militares.
Lula passou em revista às tropas, desfilou com a primeira-dama, Janja, em carro aberto que os levou à tribuna, onde assistiu às atividades programadas na companhia do vice-presidente Geraldo Alckmin, de todos os seus ministros (entre eles, a primeira ministra indígena do país, Sonia Guajajara; muito inédito!), da presidente do STF, Rosa Weber, e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.
Mas, aqui neste post, vou destacar apenas dois momentos muito especiais, que me tocaram e ilustram o Brasil democrático, soberano e sustentável tem sido possível desde janeiro deste ano: a participação de soldados e soldadas indígenas, que saudaram o presidente em suas línguas nativas, e do Zé Gotinha, símbolo da campanha de vacinação do governo.
Militares indígenas
Seis soldados e soldadas indígenas do Exército brasileiro – das etnias Tariano, Kuripaco, Baré, Kubeo, Yanomami e Wanano – ficaram alinhados em frente à tribuna, munidos de lanças, para saudar o presidente Lula (e seus convidados), em suas línguas nativas.
Os militares gritaram (ao microfone para serem ouvidos por todos os presentes) ‘palavras de ordem’ em alusão à Independência do Brasil, à Amazônia e às florestas. No final da fala: “Selva!” (assista ao vídeo no final deste post).
Em suas redes sociais, Sonia Guajajara celebrou essa presença e destacou o papel das Forças Armadas na proteção dos territórios dos povos originários:
“Vale destacar que as Forças Armadas têm papel fundamental nas operações de desintrusao de terras e para garantir a segurança dos povos indígenas em territórios de fronteira. Bom ver seu compromisso com a democracia, a soberania e a reconstrução do Brasil”.
Zé Gotinha
No governo Lula, o mascote do Ministério da Saúde foi resgatado e tornou-se símbolo de todas as campanhas de vacinação realizadas pelo governo no país.
Hoje, do alto do caminhão do Corpo de Bombeiros do DF, Zé Gotinha foi aplaudido de pé pelo público que ocupava as arquibancadas.
Ele também ovacionado por ministros e ministras – especialmente Nísia Trindade, da Saúde, muito emocionada -, e Janja, que tem realizado um trabalho importante de conscientização em suas redes sociais, às vezes acompanhada pela embaixadora Xuxa Meneghel e por Zé Gotinha.
A seguir, assista ao video da saudação dos militares indigenas em suas línguas nativas, publicado por Sonia Guajajara no Instagram:
Foto (destaque): reprodução de vídeo