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Menina de 10 anos faz apelo emocionado: “Nos últimos 2 anos, não fui à escola, fiquei muito sozinha, sem amigos. Por favor, se vacinem!”

Menina de 10 anos faz apelo emocionado: “Nos últimos 2 anos, não fui à escola, fiquei muito sozinha, sem amigos. Por favor, se vacinem!"

Texto atualizado para incluir as histórias de Davi, 11 anos, e Helena, 8, que perderam o pai e a mãe, respectivamente, para a covid-19
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Olga Damas foi uma das primeiras crianças a receber a primeira dose pediátrica da vacina Pfizer contra a covid-19 em Londrina, no Paraná, e chamou a atenção devido à sua forte e visível emoção. Com lágrimas nos olhos, assim que foi vacinada, a menina contou ao repórter de uma TV local (RPC) que, desde o início da pandemia do coronavírus, em março de 2020, ela não foi mais à escola, e isso a deixou muito sozinha, sem a companhia dos amigos. E, por isso, muito triste.

“Nos últimos dois anos, eu não voltei pra escola, nem quando tinha voltado no presencial. E eu acabei ficando muito sozinha, não tinha amigos. Agora, eu sei que, quando eu tomar a segunda dose, até a terceira, eu vou voltar para a escola e eu vou fazer novos amigos, e eu vou ser mais feliz.”.

E ela completou sua declaração, fazendo um apelo em nome de todas as crianças brasileiras, que podem estar sofrendo como ela por não poder viver em liberdade.

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“Por favor, se vacinem! Não pensem só em vocês. Pensem em todas as crianças que estão neste mundo porque elas precisam da ajuda de vocês. Se vocês não se vacinarem, a gente vai sofrer mais do que vocês, ainda”.

Impossível não se emocionar com o apelo tão sensível de Olga que, apesar de tão pequena, tem uma consciência social maior do que muito adulto.  Por isso, certamente, o vídeo viralizou nas redes sociais logo após a exibição em jornal da TV Globo. Assista à declaração de Olga no final deste post.

Crianças homenageiam seus pais mortos pela covid-19

Davi com sua mãe e a homenagem linda a seu pai no dia da vacinação / Foto: reprodução vídeo/TV Globo

Davi Godói, de 11 anos, foi uma das primeiras crianças vacinadas contra a covid-19 no Distrito Federal e fez uma homenagem linda ao pai, Flávio, 41 anos, técnico em radiologia que morreu no ano passado, vítima do vírus.

O menino foi ao posto de saúde usando uma camiseta que exibia uma foto sua com o pai e a frase “Pai, estou tomando a vacina por nós dois. Muita saudade. Eu te amo!”.

Davi estava acompanhado pela mãe, que também usava uma camiseta em homenagem ao marido e contou à reportagem do G1 que a ideia foi do filho.

Logo após tomar a primeira dose pediátrica, o menino contou que sentia uma mistura de “alegria e tristeza” porque pode se imunizar, oportunidade que seu pai não teve. “Ele faleceu por conta dessa doença”.

Helena Rocha, de 8 anos, perdeu a mãe, Mayara, de 33 anos, em outubro do ano passado, também devido ao coronavírus. Ela contraiu o vírus em julho e, depois de 77 dias internada na UTI, faleceu.

A menina foi vacinada hoje, no Distrito Federal, na companhia dos avós maternos, e chamou a atenção na fila devido ao cartaz que levava nas mãos e exibia para todos lerem. “Eu me vacino! Por mim e pela minha mã, que não teve a chance de se vacinar. Mayara, presente!”.

Acompanhando o texto e a foto da mãe, a hashtag #nãoésóumagripezinha fazia alusão à frase desastrosa e sem a menor compaixão dita por Bolsonaro logo no início da pandemia.

À reportagem do site Metrópoles, a avó da menina, Rosemary Rocha, declarou: “Temos muito medo dessa doença. Perdermos a nossa filha. Vacinar a Helena é um ato de amor. Ela teve medo, mas foi muito forte e corajosa. É um sentimento de esperança”.

Rosemary comentou, ainda, que a ideia da homenagem foi de toda a família e que estavam todos torcendo muito para chegar a vez da menina se vacinar. “Vamos seguir lutando contra esse vírus”.

“Estou fazendo isso pela minha aldeia”

Davi Seremramiwe mora em Piracicaba, mas está em São Paulo em tratamento médico / Foto: governo do estado de SP/divulgação

Foi o que Davi Seremramiwe, de 8 anos, disse ao tomar a dose pediátrica da vacina da Pfizer, tornando-se a primeira criança a ser vacinada contra a covid-19 no Brasil, durante cerimônia simbólica realizada na última sexta-feira, 14/1, como contamos aqui.

Ele também foi a primeira criança imunizada com a dose pediátrica da Pfizer no estado de São Paulo e entre as indígenas.

À reportagem da CNN Brasil, Davi revelou que estava um pouco nervoso, mas queria ajudar a proteger os integrantes da aldeia onde mora, em Piracicaba, no interior do estado. O garoto está na capital para tratamento médico contra uma rara doença motora. 

“Eu estava um pouco nervoso mas era de emoção e alegria. Eu queria tomar a vacina para ter mais proteção e estou fazendo isso pela minha aldeia”.

Como nesta primeira fase da campanha de vacinação infantil a quantidade de doses liberada ainda é insuficiente para atender toda a população infantil de 5 a 11 anos, os governos estaduais estão adotando critérios como priorizar crianças com comorbidades, indígenas e quilombolas (como em São Paulo) ou por faixa etária, em ordem decrescente.

Logo após Davi, outras 14 crianças foram imunizadas, entre elas um garoto quilombola e crianças com síndrome de down, fibrose císticas, que aguardavam ou haviam feito transplante de rim e atrofia muscular. Todas pela mesma enfermeira que vacinou Mônica Calazans em janeiro de 2021.

No mesmo dia, os estados do Rio de Janeiro e do Maranhão também celebraram o início da vacinação infantil no país que, oficialmente, começou na segunda-feira, 17/1.

Maricá foi a cidade carioca que lançou a campanha e escolheu Sofia da Silva (Yva Mirim), da etnia Guarani, para simboliza-la. Em São Luís, Isabela Vitória Moraes, de 11 anos, autista, foi imunizada com a primeira dose. Saiba mais aqui. Agora, assista ao tocante apelo de Olga no vídeo da reportagem divulgado no Twitter. E viva o SUS!

Foto (destaque): Reprodução de vídeo

Fontes: G1 e Metrópoles

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