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Mais de 650 ovos de tartarugas-da-amazônia e nove fêmeas são apreendidos com criminosos no Pará

Mais de 650 ovos de tartarugas-da-amazônia e nove fêmeas são apreendidos com criminosos no Pará

Uma operação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) apreendeu esta semana 666 ovos de tartarugas-da-amazônia (Podocnemis expansa) e nove fêmeas na região do Tabuleiro do Monte Cristo, localizado às margens do rio Tapajós, no Pará, considerado um dos maiores pontos de desova da espécie no país. O crime acontece propositalmente no período de reprodução desses quelônios.

Os ovos estavam dentro de mochilas encontradas com os homens detidos, que foram encaminhados à delegacia da Polícia Civil. Eles responderão por crimes como maus-tratos e formação de quadrilha e terão que pagar uma multa de R$ 6,25 milhões – o maior valor já estipulado em 45 anos do Programa Quelônios da Amazônia (PQA).

Segundo o Ibama, os ovos recuperados foram devolvidos aos ninhos e as fêmeas soltas no rio. A captura dos criminosos foi resultado da Operação Tabuleiro VI, que envolveu semanas de patrulhamento e operações noturnas naquela área e contou com a contou com a participação da Força Nacional e ribeirinhos monitores do PQA.

No começo do ano, mostramos nesta outra reportagem, o registro impressionante do nascimento de quase um milhão de tartarugas no Tabuleiro de Monte Cristo. Nos meses de outubro e novembro, cerca de 15 mil fêmeas de tartaruga-da-amazônia, tracajá (Podocnemis unifilis) e pitiú (Podocnemis sextuberculata) se aglomeram nessas praias para nidificar.

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A tartaruga-da-amazônia é a principal espécie da região, que desova apenas em locais específicos como é o caso do tabuleiro de Monte Cristo. Já a tracajá e a pitiú não têm limites e se espalham ao longo de toda a calha do rio Tapajós.

O PQA acompanha a espécie há cerca de 45 anos, quando só existiam 327 fêmeas e nasciam 18 mil filhotes por ano. E, graças ao trabalho engenhoso e dedicado dos integrantes do PQA do Pará, hoje ela está plenamente recuperada.

Desde o início do programa de monitoramento do Quelônios da Amazônia, já foram soltos mais de 100 milhões de pequenos quelônios.

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Foto de abertura: divulgação Ibama

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