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Mais de 60 dias de paralisação dos servidores do Ibama e do ICMBio impacta obras de infraestrutura

O governo Lula se impôs a meta de zerar o desmatamento até 2030, mas, a julgar pelo impasse nas negociações dos servidores do Ibama e do ICMBio com o Ministério da Gestão e Inovação (desde outubro de 2023), por melhores salários e condições de trabalho, pode ser muito difícil cumpri-la.

E não falta muito para a realização da COP 30, em Belém, no Pará, quando o país deverá receber o mundo para tratar da crise climática e dar boas notícias. Ainda mais diante de cenários antagônicos como os que a Amazônia tem vivido nas últimas duas semanas, com seca e fogo em Roraima enchentes no Acre

Vale destacar que, assim que os incêndios florestais começaram em Roraima, voluntários e agentes da PREVFogo (Ibama) cancelaram a paralisação para ajudar a debelar as chamas.

Mas, à medida que o tempo passa, sem uma solução favorável aos agentes – o caso está parado nas mãos da ministra Esther Dueck -, a boa performance ambiental do país é prejudicada.

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E com toda razão! Afinal, desde que a carreira de especialista em meio ambiente foi criada – em 2002! -, a situação do Brasil se modificou muito. Hoje, os agentes enfrentam muito mais desafios e ameaças, entre eles a grande violência de invasores – garimpeiros, grileiros e madeireiros -, muitas vezes ligados a organizações criminosas.

Segundo eles, com as condições oferecidas pelo Ibama, atualmente, tem sido impossível realizar seu trabalho de forma eficiente e segura.

Assim, com a paralisação, em fevereiro, apenas nove licenças ambientais foram dadas pelo órgão, em todo o país. E, entre as obras de infraestrutura que aguardam análise e licenciamento estão os projetos de três parques eólicos, quatro termelétricas, dez linhas de transmissão de energia, dois gasodutos e 12 poços para exploração de petróleo.  

Em janeiro, a queda na aplicação de multas ambientais em todo o país foi de mais de 70% (apenas na Amazônia Legal, foi de 86,2%) na comparação com janeiro do ano passado, já no governo Lula.

Fontes: G1, O fiscal do Ibama

Foto: Ibama/divulgação

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