Já que os governos não fazem nada, milhares de jovens ativistas do mundo inteiro decidiram agir. Nos últimos meses, têm ido às ruas para cobrar ação de seus representantes perante à crise climática.
A semente para essa grande mobilização mundial pelo clima começou em agosto de 2018. A adolescente Greta Thunberg decidiu fazer uma greve solitária em frente ao parlamento sueco, em Estocolmo, sempre às sextas-feiras.
O protesto era pelo clima. Ela argumentava que seu país precisava fazer mais. O último verão tinha sido o mais quente da Suécia, com incêndios florestais e os termômetros alcançando temperaturas que não eram registradas há 262 anos.
Inspirados nela, estudantes de países como Austrália, Inglaterra, Alemanha, Suécia, Bélgica e Brasil também começaram a se manifestar: exigir que os líderes internacionais deixem a inação de lado e tomem medidas urgentes para reduzir a emissão de gases de efeito estufa e desta maneira, frear o aquecimento global, responsável pela extinção de milhares de espécies de animais e plantas no planeta, além do aumento dos chamados extremos climáticos, como ondas de calor, tempestades, inundações, incêndios florestais, etc.
Depois de ter sido indicada ao Nobel da Paz, em março, no começo de junho, Greta recebeu um prêmio da Anistia Internacional: foi nomeada Embaixadora da Consciência. A entidade também incluiu na premiação os jovens do movimento Fridays for Future (Sextas pelo Futuro). Entre os recebedores da homenagem no passado estão nomes como Nelson Mandela e Malala Yousafzai.
Agora, esses jovens ativistas mundiais ganharam um novo impulso na sua luta. Desta vez, monetário. Um grupo de filantropos dos Estados Unidos anunciou a doação de mais de meio milhão de dólares, cerca de mais de R$ 2 milhões a diversos movimentos climáticos.
Os doadores são três milionários, entre eles, Rory Kennedy, filha do falecido senador Bob Kennedy, irmão do presidente assassinado. Juntos eles criaram o Climate Emergency Fund, que tem ainda, entre os membros do conselho o jornalista, escritor e ambientalista Bill McKibben, criador da 350.org, organização que trabalha pelo fim dos combustíveis fósseis.
“O fundo reconhece que existem ativistas comprometendo suas vidas para lidar com a emergência climática. Esses indivíduos e grupos precisam do nosso apoio à medida que realizam atividades legais, não-violentas, para exigir que nossos líderes tomem medidas para proibir práticas ecologicamente destrutivas e salvar o máximo de vida possível. Esses ativistas estão exigindo nossa proteção perante a ameaça existencial que nossa espécie enfrenta. Temos uma responsabilidade coletiva de apoiá-los e nos unirmos a eles”, dizem os fundadores da iniciativa.
Um dos movimentos que ganhou o investimento foi o Extinction Rebellion, que nos últimos meses, tomou conta das principais ruas e centros turísticos da capital inglesa.
Protestos do Extinction Rebellion em Londres
Essa primeira doação do Climate Emergency Fund foi feita para grupos de movimentos sediados nos Estados Unidos, mas os filantropos afirmam que outros milhões de dólares serão investidos nos próximos meses na luta desses e outros jovens ativistas.
Fotos: divulgação Extinction Rebellion e reprodução Facebook Greta Thunberg
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