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Jequitibá-rosa com 50 metros de altura é descoberto em reserva de proteção em Minas Gerais

Jequitibá-rosa com 50 metros de altura é descoberto em reserva de proteção em Minas Gerais

Inicialmente foram imagens de satélite que despertaram a atenção dos envolvidos na descoberta. Afinal não é todo dia que se encontra uma árvore dessas proporções – com uma copa de mais de 700 metros quadrados. “Quando observamos a imagem de satélite, ficou claro que estávamos lidando com uma árvore monumental”, conta Jacinto Lana, especialista da coordenação de Gestão Ambiental da Cenibra, empresa que administra a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Fazenda Macedônia, uma unidade de conservação em Ipaba, Minas Gerais.

Com o auxílio de drones e a tecnologia LiDAR (Light Detection and Ranging), uma equipe multidisciplinar então começou a fazer medições da árvore, que apontaram que ela tem impressionantes 50 metros de altura.

O próximo passo era identificar a que espécie pertencia essa majestosa árvore encontrada em Ipaba. Graças a um fruto, os especialistas conseguiram constatar que era um jequitibá-rosa (Cariniana legalis), considerada a maior árvore da Mata Atlântica e classificada como espécie em risco de vulnerabilidade na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês).

Jequitibá-rosa com 50 metros de altura é descoberto em reserva de proteção em Minas Gerais
A copa monumental do jequitibá-rosa, com 700 m2
Foto: divulgação Cenibra

De acordo com o Cenibra, segundo o site Árvores Gigantes, especializado em catalogar oficialmente árvores gigantes, o maior jequitibá documentado até hoje tinha tem 43,8 metros e ficava localizado no estado de São Paulo. “Com isso, o jequitibá-rosa da RPPN Fazenda Macedônia passa a ser a maior árvore do Sudeste brasileiro e a terceira maior da Mata Atlântica”, afirmam os especialistas.

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Não se sabe ainda a idade exata do jequitibá-rosa mineiro, mas acredita-se que ele possa ter por volta de 600 anos. Estudos serão realizados em breve, com a colaboração de pesquisadores da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri.

O jequitibá-rosa pertence à família botânica Lecythidaceae, que engloba também outras árvores muito conhecidas como a castanheira-do-pará, a sapucaia, a biriba, o abricó-de-macaco e o jequitibá-branco. São cerca de 300 espécies distribuídas em todo o mundo, sendo que pouco mais de 1/3 são nativas do Brasil, encontradas principalmente na Amazônia, na Mata Atlântica, na Caatinga e no Cerrado.

“Fortes e pesados por serem lenhosos, os frutos do jequitibá lembram um pequeno copo com uma espécie de tampa, que se desprende quando maduro. Dizem que o saci e muitos índios faziam seus cachimbos utilizando esse fruto, por isso o outro nome popular da árvore é cachimbeiro”, explicou Juliana Gatti neste texto de 2015, em seu blog Árvores Vivas.

*Com informações e entrevistas divulgadas pela Cenibra

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Foto de abertura: divulgação Cenibra

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