Em 5 de maio de 2016, faz seis meses que o mar de lama da Samarco/Vale/BHP Billington – 55 milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração provenientes de uma barragem que se rompeu – matou o Rio Doce e engoliu a vila de Bento Rodrigues, em Mariana, deixando um rastro de destruição nas cidades de Paracatu e Barra Longa, destruindo tudo que encontrou pela frente: animais, pessoas (19 mortos e 1 desaparecido), famílias, histórias, casas, escolas, igrejas… Nesse dia, a sirene da mineradora não tocou para alertar os moradores da região sobre o risco que corriam.
Desde então, todo dia 5, os integrantes do coletivo Um Minuto de Sirene – criado assim que a tragédia acontecceu –, fazem um protesto simbólico, que divulgam em sua página no Facebook: tocam uma sirene no centro da cidade de Mariana para que ninguém nas redondezas se esqueça da tragédia e também que os responsáveis ainda não foram punidos.
Em sua página no Facebook, o grupo informa sobre a mobilização mensal e também incentiva a participação de brasileiros de qualquer canto do país para disseminar a iniciativa e não deixar essa história cair no esquecimento. Assim, qualquer pessoa pode realizar Um Minuto de Sirene em sua cidade.
Agora, seis meses depois da tragédia, o coletivo divulgou manifesto, no qual explica a criação do grupo e o que reivindica e também a “cerimônia” de 5 de maio: “… soaremos mais uma vez a sirene que não houve, e assim continuaremos a fazer, enquanto houver pendências em relação aos direitos dos atingidos e aos esclarecimentos que nós, cidadãos, entendemos como fundamentais”.
No Largo da Batata, no bairro de Pinheiros em São Paulo – local que acolhe bem manifestações populares -, um grupo que integra a Aliança Rio Doce – “grupo de cidadãos, ativistas, iniciativas e interessados no movimento de restauração socioambiental e defesa do Rio Doce” – realizará o Ato em Memória do Rio Doce, com diversas atividades, entre elas #UmMinutoDeSirene.
O Greenpeace se juntou à iniciativa mineira e propõe – às 15h30 – um twitaço ou sirenaço, com a hashtag #UmMinutoDeSirene pelo Rio Doce, por todas as vítimas, pelos desabrigados e pelas populações ribeirinhas e indígenas que tiravam seu sustento do rio. A sirene vai tocar em Mariana, em São Paulo e o Twitter vai “fazer um barulho” diferente.
Se você tem Twitter, não deixe de aderir. Mas se não tem, participe de divulgue a hashtag pelo Facebook ou outras redes sociais das quais participe. Espalhe esta iniciativa entre amigos, colegas, família, vizinhos, no bairro onde mora. Sugira a adesão ao toque de sirene, esteja onde estiver. Faça barulho como puder. Não deixe que a tragédia de Mariana e do Rio Doce seja esquecida.
Foto: Victor Moryiama/Greenpeace