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Governo condiciona recebimento de R$ 83 milhões do G7 para a Amazônia a pedido de desculpas de Macron

Governo condiciona recebimento de R$ 83 milhões do G7 para Amazônia a pedido de desculpas de Macron

A preocupação com a preservação à Floresta Amazônica e o combate aos incêndios florestais na região, que já não parecia prioridade ao governo federal, agora virou uma “briga de egos” entre o presidente Jair Bolsonaro e o francês Emmanuel Macron.

Há dias os dois trocam insultos pelas redes sociais. O início da discussão aconteceu quando o presidente da França chamou o brasileiro de “mentiroso” por ter dito que “defenderia a conservação do meio ambiente”, durante o encontro G20, em junho último. Depois disso, Macron colocou em xeque a soberania da maior floresta tropical do mundo e sugeriu que a Amazônia poderia ser “internacionalizada”.

Do lado de cá do Oceano Atlântico, Bolsonaro disse que Macron apresentava “mentalidade colonialista descabida no século XXI”. No último final de semana, no Facebook, fez ainda comentários machistas e grotescos sobre a esposa do presidente da França, no mesmo momento em que o G7 se comprometia a ajudar os países amazônicos no combate às queimadas.

Durante a reunião entre os sete maiores líderes mundiais (França, Estados Unidos, Alemanha, Canadá, Reino Unido, Itália e Japão), no sábado e no domingo, em Biarritz, em solo francês, ficou decidido entre o grupo que seria feita a liberação de ajuda de emergência de US$ 20 milhões, cerca de R$ 83 mihões e, em médio prazo, contribuição para o reflorestamento da região.

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Pois bem, depois dos insultos à primeira-dama francesa, Macron veio à público novamente, bater boca com Bolsonaro. “Ele foi extremamente desrespeitoso… Espero que os brasileiros tenham rapidamente um presidente à altura do cargo… O que eu posso dizer? É triste, é triste. Mas é triste, em primeiro lugar, para ele e para os brasileiros. Eu penso que as mulheres brasileiras têm, sem dúvida, vergonha de ler isso de seu presidente”, afirmou.

Na noite passada, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni disse que o Brasil não iria aceitar a ajuda financeira do G7. Hoje pela manhã, Jair Bolsonaro condicionou receber os recursos a um pedido de desculpas de Macron.

“Primeiramente, o senhor Macron deve retirar os insultos que fez à minha pessoa. Primeiro, me chamou de mentiroso. E depois, informações que eu tive, de que a nossa soberania está em aberto na Amazônia”, declarou o presidente brasileiro. “Para conversar ou aceitar qualquer coisa da França, que seja das melhores intenções possíveis, ele vai ter que retirar essas palavras e daí a gente pode conversar”.

Enquanto isso, o fogo continua queimando na Amazônia e destruindo a floresta…

*Com informações da Folha de S. Paulo e do portal de notícias G1

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Foto: cbm/ro/fotos públicas

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