Há décadas a “Árvore do Amor” se transformou em um ponto turístico no Cabo de São Roque, na Praia de Barra de Maxaranguape, no litoral norte do Rio Grande do Norte. Na verdade, por causa da força do vento, duas gameleiras tiveram as raízes entrelaçadas e ficaram com as copas juntas, em forma de um coração. Acredita-se que elas tenham cerca de 300 anos. Turistas e moradores locais param ali para pedirem ou agradecerem pelo amor conquistado, amarrando fitinhas em suas raízes.
Infelizmente, na terça-feira (27/02) as gameleiras foram vítimas de vandalismo e muitas de suas raízes foram cortadas.
A prefeitura de Barra de Maxaranguape classificou o ato como “brutal crime ambiental” e afirmou que as árvores são um patrimônio da história do município.
Foi registrado um boletim de ocorrência sobre o caso e acionada a ajuda do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), assim como as Polícias Militar e Ambiental para tentar encontrar o responsável pela depredação, que irá responder pelas devidas penalidades de acordo com a lei ambiental.
De acordo com o Idema, os danos nas raízes não devem ser suficientes para matar as árvores.
Segundo a crença popular, que criou a lenda da “Árvore do Amor, o local teria servido de moradia para um casal de índios que não tinha onde morar e era muito unido. Passado um tempo, ambos morreram e foi quando os troncos das árvores se entrelaçaram.
Desde então, a lenda prega que o casal que se beijar em baixo da árvore “terá o amor eternizado e nunca mais se separará”.
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Foto de abertura: reprodução Facebook Prefeitura de Maxaranguape