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Flagrante de orca caçando golfinho traz mais informações sobre grupo pouco conhecido na costa do Chile

Flagrante de orca caçando golfinho traz mais informações sobre grupo pouco conhecido na Costa do Chile

Geralmente encontradas em águas frias e costeiras, as orcas (Orcinus orca) vivem em grupos, que podem ter até 40 indivíduos. Predadoras de topo de cadeia – conseguem caçar e matar até tubarões-brancos -, elas podem apresentar hábitos e comportamentos diversos, incluindo alimentação diferente, dependendo da região onde são observadas. Na costa do Canadá e dos Estados Unidos, por exemplo, esses cetáceos são bastante estudados e há vasto conhecimento sobre eles. Entretanto, pouco se sabe sobre as orcas encontradas na Corrente de Humboldt, que passa pelo Chile.

Nessa corrente oceânica, que nasce nas proximidades da Antártica e desloca-se no sentido norte, existe um grupo de orcas do qual ainda se tem muito pouca informação. Todavia, graças ao monitoramento de pesquisadores do Instituto de Ciências Naturales Alexander von Humboldt, da Universidade de Antofagasta, pouco a pouco é possível aprender mais sobre esses animais.

Recentemente, os cientistas divulgaram um flagrante que revela como essas orcas caçam ali. Pela primeira vez, eles conseguiram documentar a matriarca do grupo Menacho, batizada de Dakota, predando um golfinho de uma espécie com a qual até então não se sabia que elas se alimentavam.

Dakota foi filmada jogando o golfinho no ar e depois compartilhando a sua carne com os demais membros do grupo.

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“Estudar orcas em seu ambiente natural é muito desafiador, pois elas percorrem longas distâncias e vivem em alto-mar, o que torna a observação difícil”, diz Ana García Cegarra, pesquisadora da universidade chilena e autora principal de um artigo sobre o tema, publicado na Frontiers in Marine Science. “Mas entender seu papel no ambiente marinho é crucial para a conservação desta espécie pouco conhecida na Corrente de Humboldt.”

Flagrante de orca caçando golfinho traz mais informações sobre grupo pouco conhecido na Costa do Chile
Após matar o golfinho, a orca compartilha a carcaça com os demais membros do grupo
Foto: Luis Aguillar/CETALAB

No final do ano passado, outro flagrante inusitado envolvendo esses cetáceos foi documentado, ao sul do Mar de Salish, no Canadá. Apesar de lá a base da dieta delas ser um tipo específico de salmão, o Oncorhynchus tshawytscha, que pode chegar a pesar até 14 kg, biólogos observaram o “bullying” de orcas com botos. Eventualmente os últimos acabavam até morrendo por causa das “brincadeiras”, entretanto, nunca serviam como alimento.

Apesar de comumente ser chamadas de “baleia”, a orca pertence à família dos golfinhos – o maior deles. Em inglês é conhecida como killer whale (baleia assassina) porque cientistas observaram que além de se alimentam de peixes, lulas, focas, golfinhos, toninhas, pinguins e tartarugas-marinhas, também caçam grandes baleias, assim como tubarões.

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Foto de abertura: Maikol Barrera

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