Quantas vezes mais daremos notícias como esta? É triste e inaceitável. Desde baleias enormes até a pequena tartaruga como a da foto acima estão ingerindo resíduos plásticos jogados pelos seres humanos nos oceanos.
A filhote de tartaruga marinha, que cabia na palma de uma mão, foi encontrada muito doente em uma praia de Boca Raton, no estado americano da Flórida. Subnutrida e muito fraca, ela acabou morrendo depois de ser resgatada pela equipe do Gumbo Limbo Nature Center, uma organização de preservação e educação ambiental.
Depois de sua morte, os veterinários fizeram uma autópsia na tartaruguinha e se depararam com 104 pedaços de lixo plástico em seu estômago – restos de embalagem, tampas de garrafas e até, balões. .
“Foi realmente de partir o coração”, desabafou Emily Mirowski, especialista do centro de conservação. “É algo que vemos há vários anos e as pessoas precisam olhar esta imagem e, com sorte, aumentar a conscientização sobre o problema”.
Emily revela que o centro já recebeu diversas outras tartarugas que tinham comido resíduos plásticos. O que acontece é que, como o lixo estufa o estômago, o animal fica com sensação de saciedade e deixa de se alimentar.
Logo depois que nascem, os filhotes de tartaruga marinha vivem por um longo tempo próximo à costa, comendo algas marinhas. Infelizmente, junto a elas, geralmente ficam presos pedaços de plástico.
“Devido à enorme quantidade de lixo nos oceanos, microplásticos aderem às algas marinhas e parecem comida para as tartarugas”, diz.
Um estudo divulgado em 2018 por pesquisadores da Universidade de Exeter, na Inglaterra, já revelava que praticamente todas as tartarugas que passaram por uma necropsia possuem plástico em seus estômagos. Eles estimam que milhares delas morram por esta razão todos os anos.
E não são só elas. Até cetáceos gigantes, como baleias, são sufocados pelo lixo que jogamos no mar (leia esta outra reportagem sobre cachalote encontrada com 29 kg de plástico no estômago).
“Temos que reduzir o uso de plástico o máximo possível”, afirma Emily. “Não basta reciclar, mas eliminar o plástico de vez do nosso uso diário. Todo pedaço de plástico que já foi feito ainda está lá fora. Ele nunca desaparece, apenas se decompõe em pedaços menores”.
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Foto: divulgação Gumbo Limbo Nature Center
Há algum tempo, terráqueos estão de luto; somos “órfãos de nossos bebês animais” que matamos, de propósito ou não, mas matamos. Fossemos os racionais superiores que animais merecem ter, na condição de protetores e guias e eles “apenas” morreriam de causas naturais, nunca assassinados por nossas mãos, ainda não civilizadas, supostamente cultas, mas longe de sábias. Não aprendemos na escola a preservar o Meio Ambiente onde, somente agora, se estuda que animais são importantes tanto quanto nós, porém tarde demais, quando aparecem boiando mortos, disformes, desgraciosos, fúnebres e crianças se horrorizam destes crimes, sem que possam, ainda, imaturas e tímidas, preservar o que restou da espécie deles, ameaçada de extinção, quiçá extinta para sempre. Não bastasse isso, países “desenvolvidos, uma ova” ainda não se desenvolveram como deveriam, porque consideram a matança de baleias e golfinhos, perfeitamente natural, inserida no contexto de razões absurdas e inconsistentes, sem respaldo ambiental, ecologicamente incorretas, contraditórias, abjetas e inqualificáveis que os enquadra “com louvor” na Lista Negra dos países cuja bandeira tremula manchada de sangue dos inocentes mortos para o mundo aprender a não fazer nem ser igual. Somos o que somos diante de Deus para quem Nele crê: mercenários de Sua Obra e dilapidadores de Sua Criação, não Seus Filhos. E para quem Nele não crê, continuamos sendo os fraudadores do Universo, insensatos e vândalos, terráqueos ainda bárbaros e bestiais que desrespeitam outras espécies e a própria, porque barbárie e bestialidade ainda caracterizam aqueles que imploram proteção, sem proteger; querem ser felizes, infelicitando, e que adoram viver matando, de propósito ou nem tanto, convocados a proteger mas destruindo espécies que deveria salvar mas não salva, porque é o que é, infelizmente, sabe-se lá até quando, muito mais perverso do que bom e muito mais demônio do que anjo.