
Mais um animal marinho que entra na lista daqueles impactados pelo lixo plástico que nós, seres humanos, descartamos nos oceanos.
Biólogos do Florida Fish and Wildlife Conservation Commission informaram que durante a necropsia do filhote de golfinho, achado encalhado na praia de Fort Myers, encontraram restos de um balão e sacolas plásticas em seu estômago.
A filhote do sexo feminino estava muito fraca e em péssimo estado de saúde, pesando apenas 50 kg. Infelizmente, os biólogos chegaram à conclusão de que ela estava sofrendo muito e o melhor a ser feito seria sacrificá-la.
A equipe da organização resssaltou, entretanto, que o plástico pode não ter sido a causa da morte do golfinho. “Embora seja um achado significativo, há muitos fatores adicionais a serem considerados, como doença subjacente ou a separação materna, antes que uma causa final de encalhe e morte do golfinho possa ser determinada”, disseram os biólogos em post no Facebook.
“As amostras coletadas durante a necropsia serão enviadas para análise para ajudar nessa conclusão. Este achado destaca a necessidade de reduzir o uso de plástico e não liberar balões no meio ambiente”.

Lixo plástico encontrado no estômago do golfinho
O último caso parecido com esse foi noticiado no começo de abril. Uma baleia grávida, com 22 kg de plástico no estômago, foi achada morta na Itália. Na autópsia da cachalote foram encontrados redes de pesca, sacolas plásticas, tubos de construção e uma embalagem de sabão líquido, ainda com marca e código de barras visíveis.
“É a primeira vez que encontramos um animal com uma quantidade tão grande de lixo”, afirmou a bióloga Cinzia Centelegghe, da Universidade de Bolonha, em entrevista à Agência de Notícias Associated Press.
Há pouco mais de um mês, outra baleia foi encontrada morta com 40 kg de plástico no estômago, dessa vez, nas Filipinas. A jovem baleia-bicuda-de-cuvier tinha engolido 16 sacos de arroz e dezenas de sacolas de compras.
É hora de dar um basta no lixo plástico! O problema já saiu de controle há muito tempo. Antes que não exista mais vida marinha nos oceanos, a sociedade precisa se conscientizar, de uma vez por todas, que NÃO, não é possível mais produzir, consumir e descartar plástico da maneira que fizemos até hoje!
No final de março, o Parlamento Europeu aprovou a proibição da comercialização e distribuição de canudos, copos, pratos e talheres descartáveis e cotonetes. Os plásticos descartáveis estarão banidos na União Europeia a partir de 2021.
Todavia, ainda ficaram fora desta lista as sacolas plásticas. Apesar de muitos países já as proibirem ou cobrarem pela sua distribuição, é necessária uma legislação mais forte e universal.
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Fotos: domínio público/pixabay (abertura) e divulgação Florida Fish and Wildlife Conservation Commission
Pense em algum produto que você compra e não vem embalado em plástico e você vai descobrir que vem na lata, no isopor, no vidro e, raramente em papel ou papelão, o que seria ideal para não danificar o Meio Ambiente já danificado. Tudo vem embrulhado em plástico, não apenas sacolas, saquinhos, sacões de plástico para embalar o lixo cheio de resíduos plásticos, de todos os tamanhos e espessuras, tudo cabe nesse pesadelo diário de vitimar inocentes à distância, bichos anônimos que aparecerão mortos nas praias ou florestas, assassinados por mão alguma porque nenhum humano é réu confesso destes crimes. Somos todos inocentes e bons, porém projetamos matar animais quando saímos do Supermercado, sobraçando as compras. Matamos animais quando descartamos num segundo o que levará 1 milhão de anos para se desfazer na Natureza, como por exemplo, o vidro. Até mesmo o chiclete que seu filho mastiga e joga fora, ficará por aí por pelo menos cinco anos, quase nada, mas pode ser a sentença de vida ou morte para o animal com fome de qualquer coisa que, na falta da comida que roubamos dele, em nome do progresso e da civilização, almoçará o veneno disponível, o nosso.
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