Você já parou para olhar a quantidade de lixo que a sua família produz durante uma semana? Se você tem uma lata para resíduos recicláveis, certamente percebeu que é um volume enorme. E apesar de muitas embalagens parecerem recicláveis, infelizmente, nem todas são.
No mundo todo, inovação e novas tecnologias estão sendo utilizadas no desenvolvimento de embalagens mais ecológicas e que, principalmente, não sejam feitas de plástico.
Uma destas novidades vem da Inglaterra. Lá foi criada uma embalagem fabricada com polpa de papelão reciclado e folhas e galhos secos de tomateiros, que normalmente, são descartados e vão para o lixo.
“Estamos muito focados em buscar materiais alternativos para substituir os empregados nas embalagens atuais. Neste caso, usamos algo que seria desperdiçado, o que é certamente algo positivo”, afirma Nicola Waller, gerente da área de produtos frescos dos supermercados Waitrose, cadeia britânica que colocou nas prateleiras a embalagem de tomate.
A rede se comprometeu a, até 2025, ter em suas lojas apenas embalagens que sejam recicláveis, reutilizáveis ou biodegradáveis.
Outra inovação nas gôndolas do Waitrose são as caixas de massas, que levam em sua composição grãos e sementes secos, que não servem como alimento, ou seja, seriam descartados. 15% da embalagem é feita com restos destes ingredientes, o que reduz o uso de polpas de árvores virgens.
Embalagem feita com grãos e sementes que seriam descartados
Há ainda a caixa de ovos orgânicos, fabricada com uma mistura de grama (sim, grama!) e papelão reciclado. A embalagem utiliza 60% menos água no processo de produção e emite 10% menos dióxido de carbono (CO2) do que uma tradicional, quando jogada fora e em decomposição natural no meio ambiente.
Caixa de ovos leva grama e papelão reciclado
A cadeia Waitrose tem um comprometimento sério com a natureza. Foi a primeira do Reino Unido, em 2016, a deixar de comercializar produtos contendo micropartículas partículas. No mesmo ano, parou de oferecer cotonetes com hastes de plástico. Daqui a dois meses, em setembro, também não estarão mais disponíveis canudos plásticos.
E para completar o pacote “sustentabilidade”, o dinheiro arrecadado com a venda das sacolas reutilizáveis é doado para entidades que trabalham pela limpeza de rios e praias na Inglaterra.
Exemplo bacana, não?
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Fotos: divulgação Waitrose
Uma corrida desigual contra o tempo, essas tentativas bem intencionadas de frear a avalanche do plástico e outros zumbis antiecológicos que antes de serem inventados deveriam ser avaliados com critério e razão quanto aos danos futuros, quem sabe irreversíveis que poderiam ocasionar, como ocasionaram de fato. O problema é a desproporção entre a devastação gigantesca já existente na fauna e flora do Planeta comparada com as medidas, muito louváveis por sinal, para se tentar deter o lixo colossal que humanos inventaram para humanos usar, esquecidos de priorizar sua própria vida, o ar que respiram, a água que bebem, o alimento que ingerem e todas as espécies animais pelas quais a espécie “superior” deveria ser, mas não é, responsável para permitir que morram de velhice, como desejamos morrer, de preferência sem o estômago emaranhado no lixo com que civilizados sem noção, TODOS NÓS, temos emporcalhado a Terra que sempre foi saudável e ecologicamente limpa, antes de nós.
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