Mal se passaram oito meses de 2015 e a humanidade já está no “vermelho”. Hoje, 13/08, esgotamos a cota de recursos naturais disponíveis para o ano todo, sem contar com a necessidade das outras espécies, revela a Global Footprint Network (GFN). Isso significa que, para aguentar nossos padrões de consumo, precisaríamos de 1,6 Terra – mas, como todos bem sabem, só temos uma. Desde os anos 2000, esta data tem um nome: Dia de Sobrecarga da Terra (Earth Overshoot Day, em inglês).
A data serve como um alerta: sinaliza que estamos usando mais recursos do que o planeta é capaz de repor em um ano e que tudo o que for consumido a partir de agora não será reposto pela natureza. Ou seja, a pegada ecológica da humanidade excedeu a capacidade do planeta de repor recursos naturais e absorver resíduos, como o dióxido de carbono (CO2).
Para saber quando será o próximo Dia da Sobrecarga da Terra, entra na conta o desmatamento, a escassez de água, erosão do solo, perda de biodiversidade e o aumento das emissões de CO2 na atmosfera. E, ao que tudo indica, segundo a GFN, nossa “dívida ecológica” vai piorar se mantivermos o ritmo em que estamos hoje: até 2030, vamos precisar de duas Terras.
Em 2015, a data é especialmente preocupante, uma vez que o mundo todo debate com mais afinco as mudanças climáticas e um novo acordo climático global, por conta da eminência da COP21, conferência que será realizada em Paris, no final do ano. Este ano, só a absorção de gases de efeito estufa demandou 85% da biocapacidade da Terra. “O acordo para banir o uso de combustíveis fósseis, discutido no mundo todo, pode ajudar significativamente a cessar o crescimento consecutivo da nossa pegada ecológica e, eventualmente, reduzi-la”, acredita Mathis Wackernagel, presidente da GFN.
Desta vez, o Dia da Sobrecarga da Terra chegou ainda mais cedo. Em 2014, a data caiu no dia 19/08; em 2013, foi em 20/08, e em 2000, quando foi calculada pela primeira vez, caiu em 01/10. “Só a pegada de carbono da humanidade mais que dobrou entre 1961 e 1973, que é quando o mundo entrou em uma sobrecarga ecológica. Este continua o componente que mais faz crescer o fosso entre a pegada ecológica e a biocapacidade do planeta”, disse Wackernagel, que também é cocriador da métrica da pegada ecológica.
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