Resultado da união do Greenpeace Brasil, Projeto Saúde e Alegria (PSA), e movimento 342 Artes à a Water Is Life (e Water is Life Brasil), esta semana chegam ao Rio Grande do Sul 5 mil canudos que filtram a água e a tornam própria para consumo ao reterem 99,9% dos vírus, bactérias e impurezas.
Eles vão ajudar a prevenir doenças transmitidas pela água e melhorar a qualidade de vida das pessoas afetadas pela catástrofe climática que inundou 90% dos municípios do RS.
Desenvolvido com nanotecnologia, o canudo-filtro é composto por três microfiltros, membrana de carvão ativado e liga de metal de alta pureza, que realizam o processo de purificação.
Filtra até mil litros de água para uma pessoa por um ano. Remove cloro, chumbo, mercúrio, alumínio, sulfureto de hidrogênio, arsênio, cádmio, crômio, bário, fluoreto, giárdia, e.coli, algas, fungos, escamas e sedimentos.
Reutilizável e de longa duração, ainda reduz o consumo de plástico, evitando o uso de garrafas plásticas.
Por tudo isso, é uma solução prática – o menor filtro de água do mundo! –, eficaz e de baixo custo para tratar água contaminada em desastres naturais e situações de emergência como no RS.
Esta solução genial foi testada pela Water Is Life e o Projeto Saúde e Alegria na Amazônia. A parceria entre a ONG e a empresa social viabilizou 835 tecnologias para o tratamento de águas contaminadas, beneficiando mais de 16 mil ribeirinhos de comunidades do rio Arapiuns, das várzeas barrentas do Amazonas, e, também, aldeias dos povos Mundurukue Kayapó do médio e alto Tapajós impactadas pelas águas contaminadas por mercúrio usado no garimpo ilegal.
“Quando vimos o ocorrido no Rio Grande do Sul, pensamos imediatamente na solução dos filtros. Um grande parceiro nosso – Água Camelo -, que desenvolve filtros acoplados em mochilas, tinha unidades em estoque, foi ágil e as enviou paro o Sul logo no início das enchentes. E nós, com a Water Is Life, também buscamos o que havia de canudos em estoque em outros países onde a ONG atua”, conta Caetano Scannavino, empreendedor social e coordenador do PSA (é ele na foto, testando o canudo).
“Novos parceiros se juntaram a nós, nessa corrente de solidariedade, com a mobilização das equipes do movimento 342 Artes e do Greenpeace Brasil, e conseguiram levantar recursos para a aquisição e a vinda para o Brasil de mais 5 mil unidades, que chegaram e estão sendo encaminhadas para as famílias de lá, em situação de maior vulnerabilidade”, acrescenta.
Scanavinno ainda agradece à ministra Marina Silva, “que nos ajudou na articulação com as autoridades para agilizar trâmites de distribuição e a chegada dos canudos”.
Carolina Pasquali, diretora-executiva do Greenpeace Brasil, por sua vez, assim justifica a adesão da ONG à ação dos canudos-filtro:
“Perder o acesso à água potável, elemento fundamental e direito garantido na Constituição, é o mesmo que perder o direito à vida. A tragédia no Rio Grande do Sul levou casas, pessoas, a memória e a liberdade de centenas de milhares de gaúchos, mas, para quem segue resistindo a essa situação extrema, nós queremos que a vida ainda seja uma escolha possível. E foi por esse motivo que, além de levarmos alimentos e medicamentos, nos unimos ao Saúde e Alegria para compartilhar essa tecnologia e garantir também o acesso à água potável”.
Como todo projeto social, o projeto precisa de apoio financeiro ininterruptamente para continuar atendendo situações emergenciais. Então, se puder, doe pelo PIX 41451658000105 CNPJ (confira na bio do Instagram da Water is Brasil Brasil).
A seguir, veja a divulgação de João Pacífico, empreendedor, escritor, ativista e conselheiro do Greenpeace Brasil, e entenda melhor a tecnologia do canudo-filtro com a explicação de Caetano Scannavino:
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Foto: Projeto Saúde e Alegria/divulgação
