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Cacique Raoni, do povo Kayapó, se une ao movimento global pela libertação do ativista Paul Watson

Conhecido por sua luta incansável pela proteção da Amazônia e dos povos indígenas, o cacique Raoni Metuktire, da etnia Kayapó, agora levanta sua voz para exigir que a Dinamarca liberte um dos maiores defensores do oceano: o Capitão Paul Watson (você já assinou a petição online?).

Assim, o lendário líder indígena se une ao movimento global pela libertação do ativista (cofundador do Greenpeace e fundador da Sea Shepherd, organização de defesa da vida marinha), preso injustamente na ilha de Nuuk, na Groenlândia (controlada pela Dinamarca), em 21 de julho, pela polícia federal dinamarquesa.

Para declarar sua indignação com a prisão do amigo, Raoni gravou recado para as autoridades dinamarquesas: “Vocês precisam escutar isso sobre meu amigo Paul Watson. Lutamos juntos para o bem de todos. Peço que tirem ele da prisão. Estou sabendo que ele vai ser transferido para outro lugar. O que ele fez de errado? Será que ele matou algum amigo de vocês? Foi por isso que vocês mandaram ele para a prisão? Não foi! Ele não fez isso”. 

Raoni no final da gravação em defesa do amigo Paul Watson:
ele deu um último à Dinamarca e ao Japão caso não o libertem
Foto: reprodução do vídeo

E ameaça: “Se vocês liberarem ele da prisão, ficarei feliz pela liberdade dele. Agora, se não soltarem ele, vou pessoalmente falar com vocês”. 

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Watson era alvo de um mandado de prisão internacional emitido pelo Japão (devido a episódio de 2010, quando Watson e sua tripulação enfrentaram a frota baleeira japonesa ilegal na Antártida), que foi transformado em sigiloso (não era mais acessível no sistema da Interpol) justamente para surpreendê-lo (contamos aqui).

Ele foi preso por defender as baleias e o futuro do planeta. “Não é possível que vamos permitir que um herói seja punido, enquanto os verdadeiros criminosos que matam baleias seguem impunes”, declara a Sea Shepherd Brasil.

Tamara Klink manifesta seu apoio a Watson

A campanha pela libertação de Paul Watson tem recebido diversas adesões de amantes dos oceanos. Em 31 de julho, foi a vez da jovem velejadora brasileira Tamara Klink, que aderiu à campanha após terminar o período de invernagem em Disko Bay, na Groenlândia, tornando-se, assim, a primeira mulher a atingir esse feito.

Exibindo uma vela laranja na qual se lia Free Watson Now (Liberte Watson já), Tamara posicionou seu veleiro ao lado do navio da Fundação Capitão Paul Watson, na costa de Nuuk, para demonstrar seu apoio ao ativista. Os registros foram publicados por ela e pela Sea Shepherd Brasil nas redes sociais.  

Tamara Klink protesta pela libertação de Paul Watson ao redor do navio
de sua fundação, do qual o ativista foi tirado pela polícia dinamarquesa,

na costa da ilha de Nuuk, onde a embarcação permanece atracada
Fotos (acima e abaixo): Benjamin Ruffieux

O navio é o mesmo no qual o ativista navegava para combater a caça de baleias pelo Kangei Maru e do qual foi tirado pelas autoridades dinamarquesas. A embarcação continua atracada na costa de Nuuk, aguardando a decisão do governo dinamarquês sobre o pedido de extradição feito pelo Japão.

“Precisamos agir já para a libertação de Paul Watson!”, diz a Sea Shepherd Brasil no post, pedindo apoio dos seguidores para pressionar o governo dinamarquês e a primeira-ministra, Mette Frederiksen (@mette no Instagram) a rever a decisão e, também, pede ao governo brasileiro para se posicionar.

Em show, banda francesa apoia ativista

No último domingo, 25/8, em uma das apresentações de sua turnê, a banda francesa de rock eletrônico, Shaka Ponk (também conhecida como SHK PNK), pediu à sua plateia apoio a Paul Watson.

Integrantes da banda protestam com o público pela libertação
de Paul Watson em seu último show, no domingo
Foto: reprodução do vídeo

A banda entoou ‘Free Paul Watson’ e o público “entrou na vibe” durante muitos minutos (veja como foi no final deste post).

“Salvar as baleias não é crime! Paul Watson, livre!”
Foto: reprodução de vídeo

No post, a Sea Shepherd Brasil escreveu: “Os artistas são as faíscas que acendem o fogo da mudança, agitando as coisas e reunindo as massas. Eles têm o poder de se unir, e com esse poder vem o dever de se posicionar. Shaka Ponk está a todo vapor na França! Muito respeito a eles”. 

E continua: “Os franceses e a Sea Shepherd France estão movendo montanhas com seu firme compromisso com Paul”. Por fim, explica: “Para aqueles que ainda não sabem, a Sea Shepherd Brasil e a Sea Shepherd France são as únicas entidades da Sea Shepherd Internacional que apoiam Paul. E junto conosco está uma equipe do Reino Unido (ex-Sea Shepherd UK)”. 

Sem direito a defesa

Após quase um mês encarcerado no Centro de Detenção Anstalten, uma das prisões mais remotas do mundo, em 15 de agosto Paul Watson foi levado ao Tribunal de Nuuk, na Groenlândia para o primeiro julgamento.

Paul Watson na saída do julgamento no Tribunal de Nuuk, na Groenlândia
Foto: Sea Shepherd Brasil/divulgação

Após sessão, na qual a equipe jurídica do ativista não pode apresentar provas contra as acusações do Japão, ou seja, lhe foi negado o direito à defesa, o juiz local – que se limitou ao pedido de extradição – decidiu que ele continuará preso até que o Ministério da Justiça da Dinamarca termine de analisar o caso. O dia 5 de setembro foi estabelecido como limite para a sentença.

A Sea Shepherd Brasil enfatiza que Paul foi privado do direito básico de se defender com provas, enquanto sofre tratamento degradante. No vídeo divulgado pela ONG, é possível ver a truculência com que os policiais o trataram na chegada ao tribunal (veja no final deste post).

“O Ministério da Justiça da Dinamarca deve agir rapidamente para acabar com essa injustiça”, declara a organização. “Este caso não apenas ameaça a liberdade de Paul Watson, mas também estabelece um perigoso precedente para o tratamento de ativistas e a proteção dos seus direitos individuais”. 

A ONG enfatiza o apoio do público – onde quer que esteja –, por isso, pede a todos que “continuem escrevendo diretamente para o Ministério da Justiça (MoJ), pedindo que intervenham e acelerem a conclusão deste caso para evitar mais injustiças”. O e-mail para isso é jm@jm.dk . 

Participe deste movimento global assinando e compartilhando a petição online Free Paul Watson.

A seguir, assista ao vídeo da declaração de Raoni, veja as imagens da manifestação de Tamara Klink e assista à banda Shaka Ponk e seu público pedindo pela libertação de Paul Watson. Por fim, veja o tratamento da polícia ao levar Watson para o julgamento e o que diz o ativista a respeito de sua prisão, durante o trajeto até a sala do julgamento no qual ele não teve direito à defesa.

 
 
 
 
 
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Foto (destaque): Sea Shepherd Brasil/divulgação

Com informações da Sea Shepherd Brasil 

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