Todos os dias, filhotes de animais silvestres são vítimas do tráfico, de atropelamento e do ataque de animais domésticos pelo país – alguns perdem suas mães – e são levados para Centros de Triagem e Reabilitação de Animais (CETAS) ou acolhidos por organizações de proteção animal para receberem tratamento e, assim que possível, serem reintroduzidos na natureza.
Como qualquer criança, sentem falta do colo e do carinho da mãe, o que afeta na recuperação. Por isso, é comum os veterinários oferecerem bichinhos de pelúcia, toalhas, cobertores e outros ‘paninhos’ para garantir conforto térmico e emocional aos pequenos.
Para manter o estoque desse tipo de material – que é muito usado pelos animais e nunca reutilizado! -, órgãos como o Ibama e ONGs como o Instituto Espaço Silvestre, de Santa Catarina, realizam campanhas de doação.
Pelúcias, toalhas e meias
Como faz anualmente, o Ibama divulgou seu apelo no site e nas redes sociais: precisa de bichos de pelúcia e toalhas para acolher filhotes de macacos, capivaras, preguiças, onças e tamanduás que, em geral, ficam agarrados às mães nas primeiras semanas de vida.
E o órgão também pede a doação de meias (com ou sem par) para dar conforto aos filhotes de marsupiais, como os saruês, que precisam da proteção da bolsa da mãe para se desenvolverem.
As doações devem ser entregues nos Centros de Triagem e Reabilitação de Animais (CETAS) do Ibama, em todo o país (consulte os endereços aqui).
No período de reabilitação, a equipe de profissionais de cada centro “cuida das mamadeiras, ninhos adaptados e banhos das diferentes espécies”, destaca o Ibama. Os animais permanecem no CETAS até o fim do tratamento, portanto, em tempo indeterminado, e quando recebem alta, se estiverem aptos à soltura, são reintroduzidos na natureza por especialistas.
Doação em espécie ou em dinheiro
No momento, o Instituto Espaço Silvestre está bem abastecido de bichos de pelúcia, mas precisa de outros itens para atender as centenas de filhotes – gambás, tamanduás e aves, principalmente – que estão em reabilitação no CETAS/SC, localizado no Parque Estadual do Rio Vermelho, em Florianópolis, que a ONG administra em parceria com o IMA – Instituto do Meio Ambiente.
Anote o que doar: toalhas, cobertas/cobertores, petmilk, leite de cabra (líquido ou em pó), mamadeiras com bico e jornais e revistas devem ser entregues no CETAS ou diretamente no Espaço Silvestre (Estrada João Becker, 447, Ingleses, Florianópolis, Santa Catarina), aos cuidados de Vanessa Tavares Kanaan, sua diretora.
Quem prefere doar dinheiro, pode depositar pelo PIX CNPJ 03.213.678/0001-40 . Para depósito em conta, eis os dados: Instituto Espaço Silvestre, CNPJ 03.213.678/0001-40 / Caixa Econômica Federal, agência 2705, conta corrente 280-4, operação: 003. Para contribuições mensais, clique aqui.
Para além da doação
E há outras formas de contribuir para a reabilitação dos filhotes e de sua continuidade na natureza, em paz e felizes:
– Não compre animais silvestres! Boicote e denuncie. Só assim será possível reduzir o interesse por essa atividade ilegal e deter os criminosos;
– Espalhe informações sobre essa prática hedionda para que mais pessoas tenham conhecimento de que se trata de um crime;
– Dirija com cuidado nas estradas e, também, em vias menores em pequenas cidades, localizadas em áreas florestais ou bem próximas delas. E também divulgue esta informação: animais atravessam essas vias em busca de alimento ou de novos espaços e os atropelamentos, num cenário de motoristas apressados e descuidados, são praticamente inevitáveis.
Foto (destaque): Luiz Alfredo Lopes/Ibama
