Em meados de novembro, Kucheza e sua mãe Mahale ficaram famosos nas redes sociais devido ao parto complicado pelo qual ela passou – que exigiu uma cesariana, incomum nos animais – e também ao seu primeiro encontro (contamos aqui). Eles vivem no Zoológico do Condado de Segdwick (Segdwick County Zoo), em Wichita, estado de Kansas, nos EUA.
Mahale sofreu muito e Kucheza entrou em sofrimento também, por isso nasceu muito fraquinho e debilitado e precisou de cuidados veterinários para se restabelecer.
Foi por isso que eles só puderam ficar juntos dois dias depois do nascimento. E a cena em que Mahale o viu e o tocou pela primeira vez viralizou nas redes sociais, emocionando muita gente (veja o vídeo publicado pelo zoo, no final deste post).
A partir de então – e por três meses -, todos os dias chimpanzés apareciam no Instagram do zoológico, protagonizando cenas de muita fofura e amor. Impossível não se apaixonar pela carinha doce do filhote e pelo cuidado que sua mãe lhe dedicava.
Somente depois desse período, mãe e filho encontraram a família de chimpanzés que vive na instituição e dividiram o mesmo recinto. E continuaram encantando os seguidores do zoológico na internet, mesmo os que não são favoráveis a esse tipo de instituição.
Mas, na manhã da última quinta-feira, portanto cinco meses após seu nascimento, Kucheza foi encontrado morto nos braços da mãe. Ela estava visivelmente perturbada, abraçada ao filhote.
“Amigos, nossos corações estão partidos. É com a maior tristeza que informamos o falecimento repentino de Kucheza, chimpanzé de cinco semanas”, contou a instituição, em suas redes (veja o post completo no final deste texto).
“Os tratadores o encontraram morto e embalado nos braços de sua mãe Mahale, quando chegaram ao zoológico esta manhã. Ela ainda não está pronta para se separar dele, mas, quando for possível, uma avaliação médica completa será feita para determinar a causa da morte”, declarou a instituição, no dia seguinte.
As mensagens de compaixão e tristeza inundaram os perfis do zoológico. Porém, comentários rudes a cerca do tamanho do recinto habitado pelos chimpanzés etambém foram deixados nos posts.
Ontem, a instituição revelou que os veterinários realizaram a necropsia e que, assim que o resultado ficar pronto, será divulgado. Mas também pediu paciência aos seguidores e compaixão para com os “guardiões, funcionários e membros da nossa comunidade”, pois “sofreram uma grande perda e existem humanos reais por trás dos nossos perfis nas redes sociais”.
Sou solidária com a equipe do zoo – a morte de qualquer animal deve ser sofrida como a de um amigo ou parente -, mas confesso que fico um pouco aflita ao ver os chimpanzés confinados num espaço que não parece amplo, circulando um atrás do outro, como neste post. No entanto, compreendo que, neste momento de dor, a empatia é essencial para que todos se restabeleçam do choque.
“Em poucas semanas de vida, Kucheza trouxe alegria e luz para muitos, e gerou uma oportunidade de educar o mundo sobre os chimpanzés, os perigos que eles enfrentam na natureza e – o mais importante – por que devemos nos importar”, destaca o zoo nas redes.
“O amor de Mahale por Kucheza foi e continuará sendo sentido por bilhões de pessoas ao redor do mundo”, acrescenta em outro texto.
A seguir, o post sobre a morte de Kucheza e o vídeo do comovente encontro dois dias depois do nascimento do adorável bebê.
Foto: reprodução do Instagram