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Bahia, Amapá e Piauí adotam o livro ‘Ainda Estou Aqui’, de Marcelo Rubens Paiva, em escolas e bibliotecas públicas

Bahia, Amapá e Piauí adotam o livro ‘Ainda Estou Aqui’, de Marcelo Rubens Paiva, em escolas e bibliotecas públicas

Premiado no Festival de Veneza (melhor roteiro), em setembro de 2024, e no Globo de Ouro (melhor atriz para Fernanda Torres), o filme ‘Ainda Estou Aqui’, de Walter Moreira Sales, conquistou o Brasil, países da Europa e os Estados Unidos e deu mais visibilidade ao livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, lançado em 2015 (portanto, há dez anos!), colocando-o em destaque nas listas dos mais vendidos. Não só!

Alguns estados brasileiros – como a Bahia e o Amapá – anunciaram, no início deste mês, que suas Secretarias de Educação decidiram adotar o livro como ferramenta de apoio no ensino de História.

No Amapá, a iniciativa é uma parceira entre o senador Randolfe Rodrigues e o governo do estado – serão distribuídos livros em mais de 350 escolas da rede de ensino – e será celebrada em 14 de fevereiro, em cerimônia especial com a presença de Chico Paiva, neto de Rubens e Eunice Paiva, em Macapá, e a entrega do livro aos professores das escolas estaduais.

Na Bahia, 5.100 exemplares estarão disponíveis nas bibliotecas das escolas públicas estaduais e a obra será incorporada como parte da formação dos estudantes do terceiro ano do ensino médio. Além disso, o filme será exibido em todas as unidades de ensino do estado, em sessões que promoverão rodas de conversa e atividades pedagógicas.

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No mesmo dia (22) em que a lista de indicados do Oscar foi divulgada – tanto Fernanda Torres (Melhor Atriz) como o filme (Melhor Filme e Melhor Filme Estrangeiro) concorrem, que orgulho! – o governo do Piauí também anunciou a adesão ao livro, que será distribuído nas escolas da rede pública e passará a integrar as bibliotecas estaduais.

estímulo ao pensamento crítico e o resgate da memória da história do país são as justificativas dos governos para a adoção do livro, que também foram motivados pela vitória de Fernanda Torres no Globo de Ouro (Bahia e Amapá) e pela indicação do filme e da atriz ao Oscar (Piauí).

Análise histórica e fundamentada

À Agência Brasil, Ricardo Arraes, cientista político e historiador, disse que é importante que os gestores públicos percebam a importância de reforçar outras metodologias para sala de aula. “Seria importante que não dependêssemos do Oscar, para que esse tema pudesse ser trazido para a sala de aula. Então é importante que, a partir de agora, outras temáticas e outros livros possam ser também adquiridos pelo governo estadual e pelo Governo Federal para que possam transformar a sala de aula em um ambiente mais lúdico, em um ambiente menos pesado, mesmo que alguns desses temas tratem de um tema muito difícil como a ditadura”.

Por outro lado, Mônica Piccolo, historiadora, destaca a importância de se perceber pedagogicamente como essa comoção em relação ao filme pode ajudar no estudo do período da ditadura no Brasil.

“Juntar história e literatura para pensar o período da ditadura militar, sem sombra de dúvida, é uma forma de recuperar a importância do tema nas escolas, recuperar uma análise histórica e fundamentada para fugir do recente processo de questionamento e de negação da existênciados crimes cometidos e da violação dos direitos humanos que o regime ditatorial cometeu no Brasil”, declarou à mesma agência.

Em sua obra, o jornalista, escritor e dramaturgo Marcelo Rubens Paiva mistura memórias familiares e a história política do Brasil, em meio à trajetória de Eunice Paiva, sua mãe, que viu o marido ser preso por agentes da ditadura militar. Sem notícias de Rubens e com cinco filhos para criar, ela se tornou advogada e lutou por justiça para desvendar o desaparecimento do marido, ex-deputado federal torturado e assassinado nos porões do DOI-CODI, no Rio de Janeiro. Seu corpo nunca foi encontrado.

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Fotos (destaque): Harald Krichel (Marcelo Rubens Paiva) e Algaguara / divulgação (capa)

Com informações dos governos da Bahia e do Piauí e da Agência Brasil

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