Em 5 de maio, a Polícia Federal (PF) divulgou dados que confirmam a efetividade da Operação Libertação deflagrada pelo Ibama, no início do ano – em parceria com agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Força Nacional de Segurança (FNS) -, que já revela a queda das atividades do garimpo.
As ações foram iniciadas após a visita do presidente Lula à Boa Vista e às suas ordens para desintrusão da Terra Indígena Yanomami (TIY), em Roraima.
Esses dados fazem parte de levantamento realizado pela PF, que aponta redução de 96,6% nos alertas de garimpo registrados por imagens de satélite nessa TI em abril (18), em comparação com o mesmo mês em 2022 (444).
Nessa semana, a PF também informou sobre a destruição de acampamentos, maquinários e combustíveis, entre outros materiais, encontrados na reserva em locais ainda ocupados por garimpeiros e em atividade. E ainda relatou sobre diligências relacionadas a conflitos entre invasores e indígenas.
Em 29 de abril, garimpeiros invadiram aldeia Yanomami – durante ritual de luto – e atiraram em três jovens indígenas: um deles, agente de saúde, morreu no hospital; os outros dois continuam internados em hospital em Boa Vista, depois de passarem por cirurgia.
No dia seguinte, quando agentes do Ibama e da PRF desciam de um helicóptero em região ocupada por invasores, foram recebidos a bala por garimpeiros, que morreram no local (contamos sobre os dois episódios aqui).
Segundo a PF, desde o início da Operação Libertação foram destruídos 327 acampamentos de garimpo (só no primeiro mês foram 200!), 18 aviões, dois helicópteros, centenas de motores e dezenas de balsas, barcos e tratores. E ainda foram apreendidos 26 mil litros de combustível, 36 toneladas de cassiterita, além de equipamentos diversos.
Foto: Ibama/divulgação
