
“Os governos devem se concentrar na proteção do clima ao considerar pacotes de estímulo fiscal para apoiar uma recuperação econômica da pandemia de coronavírus“, afirmou Angela Merkel, chanceler da Alemanha, durante o Petersberg Climate Dialogue, conferência sobre mudanças climáticas, realizada virtualmente há poucos dias.
Merkel destacou que os programas de estímulo econômico deverão priorizar novas tecnologias e energias renováveis. Ela defende que os governos atraiam dinheiro do setor privado através dos mercados financeiros internacionais para financiar “a mudança onerosa em direção a uma economia mais favorável ao clima”.
A Alemanha foi um dos países da Europa que melhor conseguiu controlar a pandemia da COVID-19. Apesar disso, 167 mil pessoas foram contaminadas e quase 7 mil morreram. Mas o excelente sistema de saúde alemão garantiu que a tragédia fosse maior, além de a população ter seguido as rígidas regras de isolamento social. Para efeito de comparação, França e Espanha registraram aproximadamente 25 mil óbitos, cada uma.
Especialistas já afirmam que a recessão provocada pelo coronavírus será a maior desde aquela causada pela Grande Depressão, em 1930. Estimativas apontam que a economia do Bloco Europeu vai retrair cerca de 7,5% em 2020 – em fevereiro, antes da crise, a previsão era de um crescimento de 1,4%.
A economia alemã, a maior da Europa, deve encolher aproximadamente 5,4% este ano. O governo já tem em andamento um plano de de estímulo de 750 bilhões de euros, algo em torno de 4 trilhões de reais, o maior já anunciado até agora no mundo.
Leia também:
França e Alemanha incentivam uso de bicicleta para evitar aglomerações em transporte público devido ao coronavírus
Alemanha estuda aumentar imposto sobre carne para desestimular consumo e combater crise climática
Alemanha oferece bolsa a brasileiros para desenvolver projeto de impacto social, em qualquer área, com todos os custos pagos
Petição popular vira lei para proteger abelhas na Alemanha
Alemanha investe US$ 1,7 bilhão em Fundo Verde do Clima, o dobro do que havia prometido
*Com informações da Agência de Notícias Reuters e CNN Business
Foto: domínio público/pixabay