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Reserva de Soure, na Ilha do Marajó, entra para Lista Verde de Áreas Protegidas e Conservadas da IUCN

Reserva na Ilha do Marajó entra para Lista Verde de Áreas Protegidas e Conservadas da IUCN

A Reserva Extrativista Marinha de Soure, localizada na costa leste da Ilha do Marajó, no Pará, acaba de se tornar a primeira área do Brasil a integrar a Lista Verde de Áreas Protegidas e Conservadas, da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês). O anúncio foi feito na quarta-feira (16/10) pela organização.

Ao entrar para lista da entidade, a reserva recebe uma certificação que atesta os esforços locais criados pela conservação e proteção da biodiversidade e meio ambiente daquela área. Há cerca de dois meses, um grupo de especialistas da IUCN esteve na região para avaliar suas condições.

A Reserva de Soure é a maior ilha fluviomarinha do mundo e fica situada no estuário da Bacia Amazônica, onde o Rio Amazonas, no lado leste, e o Rio Tocantins, no oeste, desaguam no Oceano Atlântico. Essa unidade de conservação (UC), criada em 2001 e com mais de 27 mil hectares, possui a maior faixa contínua de mangues do planeta e é lar de diversas espécies animais, entre elas, o caranguejo-uçá (Ucides cordatus) e o peixe-boi marinho (Trichechus manatus), considerado ameaçado de extinção.

“O Padrão da Lista Verde garante que as ações de conservação sejam confiáveis ​​e verificadas. O sucesso desses locais não apenas destaca seu impacto positivo nas pessoas e na natureza, mas também inspira outros lugares a se empenharem em objetivos semelhantes, contribuindo significativamente para a meta 30×30 de conservação efetiva baseada em áreas até 2030”, diz Stewart Maginnis, diretor geral adjunto do Programa da IUCN.

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Em 2022, 196 países se comprometeram a proteger pelo menos 30% das terras, águas doces e oceanos do planeta ao final da Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas para a Diversidade Biológica (COP15), realizada em Montreal, no Canadá.

Como uma unidade de conservação de uso sustentável, é garantido que sua população possa praticar sua principal atividade econômica, a pesca do caranguejo-uçá, assim como camarão e peixe no período de entressafra.

A reserva foi criada, inclusive, por graças à demanda das comunidades locais, que buscavam proteção das áreas em que elas trabalhavam.

“Por meio da Lista Verde da IUCN, os guardiões e gerentes dessas áreas participam ativamente de sua governança e gestão”, explica Trevor Sandwith, diretor do Centro de Ação para a Conservação da organização. “A certificação também identifica aspectos que precisam de investimento e aprimoramento por meio do desenvolvimento de capacidade, além de oferecer garantia crucial a governos, doadores e comunidades de que as áreas protegidas e conservadas estão cumprindo suas promessas.”

A captura do caranguejo-uçá é a principal atividade econômica da Reserva de Soure
Foto: Adrien Chateignier/Creative Commons/Flickr

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Foto de abertura: divulgação IUCN/Governo do Brasil

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