*Texto atualizado em 02/07/24
Depois de anunciar em maio deste ano que Charlotte tinha uma doença em seu sistema reprodutor e no mês seguinte que ela não estava mais grávida, no último dia 30 de junho o aquário informou que a raia tinha morrido.
Segue texto original da reportagem.
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Charlotte é uma raia de pequeno porte que vive em cativeiro, no Aquarium and Shark Lab by Team Ecco, em Hendersonville, na Carolina do Norte. Mas desde setembro, a equipe de cuidadores e médicos veterinários do local percebeu que ela apresentava um inchaço incomum. Com o temor de que ela estivesse com câncer, foram realizados exames de imagem que acabaram apontando que o volume extra eram ovos. A fêmea estava grávida.
A notícia seria um bom motivo de comemoração, não fosse um pequeno detalhe: Charlotte é a única raia em seu ambiente.
Uma das hipóteses, a primeira que veio na mente dos veterinário, foi a ocorrência da partenogênese, a capacidade de uma fêmea se reproduzir assexuadamente, sem a necessidade de um macho, já observada entre outros animais.
Todavia, havia no aquário de Charlotte dois pequenos tubarões-bambu. E coincidentemente, foram notadas mordidas deles no corpo da raia.
“Começamos a notar marcas de mordidas em Charlotte, mas vimos outros peixes mordiscando-a, então movemos os peixes, mas as mordidas continuaram. Então uma lâmpada se acendeu – os tubarões mordem para acasalar – será que um dos nossos jovens machos acasalou com ela?”, contou April Smith, diretora do aquário.
Agora o mistério só será solucionado quando os filhotes nascerem. Ela explica, entretanto, que tubarões e raias estão relacionados taxonomicamente, portanto o cruzamento é teoricamente possível.
“Temos imagens de ultrassom mostrando dois, senão três filhotes. Um exame de DNA precisará ser feito após o nascimento deles– a menos que tenhamos pistas visuais sobre mistura de espécies”, diz April.
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Foto de abertura: David Clode on Unsplash
