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Nascem tuiuiús em ninho do Pantanal destruído por incêndios e substituído por artificial

Três anos depois, nascem tuiuiús em ninho do Pantanal destruído por incêndios e substituído por artificial

Que notícia mais bacana para começar este 2024! Acompanhamos essa história aqui no Conexão Planeta desde 2020, quando um ninho de tuiuiús, tombado como patrimônio de Corumbá e um dos atrativos turístico da região, foi queimado pelos incêndios florestais que devastaram quase 30% do bioma.

O fogo destruiu o famoso ipê-rosa, no qual ficava o ninho dessa ave, símbolo do Pantanal. A solução encontrada então foi substituí-lo por um artificial, a 20 metros da árvore original, às margens da BR-262, próximo à Estrada Parque de Corumbá, no Mato Grosso do Sul.

No ano seguinte, em 2021, Walfrido Tomás, pesquisador da Embrapa Pantanal, responsável pela ideia da colocação do ninho artificial*, registrou a volta dos tuiuiús e agora, no começo de dezembro, veio a notícia tão esperada: o nascimento dos primeiros filhotes ali!

Originalmente nasceram quatro, mas um deles morreu, entretanto, os outros três parecem bem e saudáveis. Já estão com quase três meses de idade e têm alçado os primeiros voos. Eles foram batizados por internautas com os nomes de Floquinho, Luzê e Tererê.

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Tomás sempre lembra que o ninho artificial será uma lembrança constante do que aconteceu em 2020. De que ações humanas equivocadas podem causar danos à fauna e à biodiversidade. “Por ser um ninho icônico, essa mensagem ficará ali permanentemente. Será um monumento natural, vivo, e funcional”.

O ninho artificial ganhou uma placa, que conta a história da razão pela qual ele precisou ser projetado e da tragédia que aconteceu no Pantanal há três anos.

Três anos depois, nascem tuiuiús em ninho do Pantanal destruído por incêndios e substituído por artificial

O ninho artificial foi colocado no topo de um poste de concreto a 12 metros de altura e possui uma plataforma hexagonal de 2 metros de diâmetro
(Foto: Walfrido Tomás)

*O projeto para a instalação do ninho artificial contou com a participação da Embrapa Pantanal, Fundação de Meio Ambiente do Pantanal, Instituto Arara Azul e Energisa, concessionária responsável pela distribuição de energia em cidades de Mato Grosso do Sul.

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Foto de abertura: Walfrido Tomás/Embrapa Pantanal

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