Assim como outros países do Hemisfério Norte, os Estados Unidos enfrentou um dos verões mais quentes da sua história. Por causa das altíssimas temperaturas, de costa a costa no país, mais de 100 milhões de pessoas estiveram, em algum momento nos últimos meses, sob alerta. Em Phoenix, no Arizona, moradores tiveram semanas seguidas com os termômetros acima dos 43oC.
A situação é ainda pior em áreas com pouca cobertura florestal. Nos grandes centros urbanos forma-se o fenômeno chamado de “ilha de calor” por causa da presença massiva de prédios e concreto. Além disso, bairros de comunidades marginalizadas, com pouco ou nenhum planejamento, raramente possuem parques ou espaços verdes, com árvores que ajudam a reduzir a temperatura.
Com o objetivo de minimizar essa situação no futuro e combater a crise climática, principal responsável por essas alterações no clima do planeta, o governo dos Estados Unidos lançou um fundo de U$ 1,13 bilhão, pouco mais de R$ 5 bilhões, a ser usado no plantio de árvores.
O dinheiro federal, administrado pelo Ministério da Agricultura, será usado em 385 projetos ao redor do país, mas sobretudo, em áreas mais vulneráveis. Os recursos serão aplicados ainda em iniciativas em cidades como Los Angeles, Nova York e Houston.
“Acreditamos que podemos criar comunidades mais resilientes em termos dos impactos do clima, que podemos mitigar incidentes e eventos de calor extremo em muitas cidades”, afirmou Tom Vilsack, ministro da Agricultura.
Além de reduzir a temperatura, árvores propiciam sombra, melhor qualidade do ar, absorção de carbono, habitat para pássaros e insetos em ambientes urbanos, benefícios esses já são conhecidos há décadas por cientistas, mas muitas vezes completamente ignorados por governos.
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Foto de abertura: Noah Buscher on unsplash