Uma operação conjunta das Polícia Federal, Militar e Civil e Delegacia do Meio Ambiente na quarta-feira (13/09) no Rio de Janeiro apreendeu um filhote de onça-parda na comunidade do Pavão – Pavãozinho. Segundo trabalho de investigação do Departamento de Investigação da PF, a oncinha seria vendida por R$ 20 mil ao mercado ilegal de tráfico de animais.
Resgatada, a onça-parda será levada ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), em Seropédica, na Baixada Fluminense.
Infelizmente, ninguém foi preso durante a operação.
O tráfico ilícito de vida selvagem é estimado em mais de US$ 20 bilhões por ano. Esta é terceira maior atividade clandestina global (em volume de dinheiro), perdendo apenas para os tráficos de armas e de drogas.
Onça-parda: um felino solitário
De pelagem bege-rosada, mas podendo ter variações entre cinza, ferrugem e marrom, a onça-parda (Puma concolor) é uma espécie de topo de cadeia. Segundo maior felino da América do Sul, é o mamífero terrestre com maior distribuição nas Américas. Pode ser encontrando desde o sul do Canadá até a Patagônia. Também é chamada de puma ou suçuarana. Tem hábitos solitários e se mostra mais ativo durante o entardecer e à noite.
No Brasil, a onça-parda está associada principalmente à Mata Atlântica, embora também ocorra em outros ambientes naturais como o Cerrado e o Pantanal. Pode medir mais de um metro e possui grande habilidade para o salto. Com isso, torna-se um poderoso predador. Com garras longas, consegue pular até 6 metros de extensão e facilmente domina sua caça. Alimenta-se de animais pequenos, como roedores, até outras espécies maiores, como répteis, capivaras, aves e peixes. Por isso mesmo, tem importante papel no equilíbrio ecológico dos habitats onde vive.
A onça-parda é o segundo maior felino das Américas
(Foto: Wade Tregaskis/Creative Commons/Flickr
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Foto de abertura: reprodução vídeo