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Presidente do parlamento neozelandês embala e dá mamadeira para bebê de colega durante sessão

De vez em quando, a Nova Zelândia é destaque no noticiário mundial por causa de alguma inovação ou prática considerada moderna, justa ou disruptiva demais para os momentos atuais, pautados por tanto atraso. Desta vez, aconteceu no Parlamento.

Ontem, 21 de agosto, seu presidente, Trevor Mallard – que é pai de três filhos -, chamou a atenção do mundo ao embalar e dar mamadeira a um bebê bem pequenino, enquanto conduzia a sessão do dia.

O bebê é Tūtānekai Smith-Coffey e filho de Tâmati Coffey (os dois, abaixo), um dos membros do Parlamento, que acaba de voltar de licença-paternidade. Tūtānekai é filho biológico de seu marido, Tim Smith, e nasceu de “barriga de aluguel” em julho.

Em seu Twitter, publicou duas imagens do inusitado momento, dizendo: “Normalmente, a cadeira do presidente é usada apenas por quem está presidindo a sessão, mas hoje um convidado VIP a ocupou comigo. Parabéns @tamaticoffey e Tim pelo novo membro da família”.

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Coffey disse ao site de notícias Newshub que se sentia muito apoiado por todos da Casa Legislativa. Ele ainda revelou que se inspirou na primeira-ministra Jacinta Arder que, em setembro de 2018, levou sua filha, de apenas três meses, à Assembleia Geral da ONU, em Nova York, para seu discurso de estreia no cargo.

Belo exemplo de governante

Pra quem não lembra, em março, Jacinta Arder chamou a atenção do mundo quando tomou uma medida radical, logo que um extremista atirou e matou inúmeras pessoas em mesquitas na Ilha Sul. Ela propôs alterações na lei do armamento para restringir seu uso, reconhecendo que os donos de armas agiram dentro da lei, quando fizeram suas aquisições, mas que a lei iria mudar. E que o governo pensaria numa forma de ressarci-los dos danos.

No mesmo dia em que os corpos de seis vítimas foram entregues às suas famílias, ela estava lá, a seu lado. Levou flores, abraçou viúvas e crianças. Numa sessão especial do Parlamento, em seu discurso ela também enviou uma mensagem à comunidade muçulmana, dizendo a expressão salam aleikum, que, em árabe, quer dizer “a paz esteja sobre vós”, um cumprimento habitual no mundo muçulmano. E prometeu jamais pronunciar o nome do assassino – porque ele buscava notoriedade -, declarando que o criminoso enfrentaria toda a força da lei.

Com suas atitudes, Adern declarou que estava ao lado das vítimas e que os muçulmanos fazem parte da sociedade neozelandesa. Ignorou o autor dos ataques, nomeou as vítimas, deu voz a seu sofrimento e ainda prometeu fazer tudo para que isso jamais se repita.

Uma boa governante que, a cada passo, parece inspirar quem está ao seu redor. 

Foto: Reprodução do Twitter de Mallard e Divulgação (Jacinta)

Fontes: NewsHub, HuffPostBrasil ,G1

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